Professor que morreu de coronavírus em São Paulo era de Miracema do Tocantins

Valdemar Gomes, de 47 anos, foi fundador do cursinho popular da PUC e morreu antes de receber seu diploma de doutorado.

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Fundador do cursinho popular da PUC-SP para vestibulandos de baixa renda e professor da rede municipal de São Paulo, Valdemar Gomes de Souza Júnior, de 47 anos, faleceu no último domingo (5) em decorrência do novo coronavírus. As informações são do jornal Estado de São Paulo.

Valdemar que era natural de Miracema do Tocantins, havia recentemente conquistado o doutorado em Ciências Humanas e Sociais pela UFABC. Ele estava à espera de seu diploma quando começou a sentir os primeiros sintomas da doença no dia 18 de março.

Com 47 anos e sem comorbidades que possam colocá-lo no grupo de risco, o professor morreu 19 dias depois de procurar o primeiro atendimento.

Na ocasião ele foi a uma UPA na zona leste de São Paulo e foi medicado com antitérmico e anti-inflamatório. Os remédios não fizeram efeito e ele teve que voltar três dias depois, quando lhe receitaram antibiótico.

Ele melhorou, mas na quinta-feira da última semana (2) acabou desmaiando, quando foi levado ao hospital. O quadro se agravou no sábado, quando a esposa dele foi chamada para autorizar o uso da cloroquina no tratamento.

A substância, que tem sido usada em pacientes em caso grave, gerou efeitos colaterais. O coração de Gomes acelerou e ele teve de ser transferido para o Hospital Emílio Ribas, no domingo. No mesmo dia, ele faleceu.

“Saí às 18h do hospital, ele estava respirando só com máscara. Às 20h, me ligaram para avisar que ele tinha falecido depois de uma parada respiratória”, disse a esposa do professor, Lidia, a Guilherme Amardo, do Estado de S. Paulo.