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O laudo pericial do exame cadavérico do Instituto Médico Legal de Palmas (IML) confirmou que a morte de Carlos Augusto Silva Fraga, conhecido como ‘Dad Charada’, ocorrida em 23 de julho, foi causada por asfixia mecânica devido a enforcamento. O laudo foi entregue à Justiça na quarta-feira (2) e não encontrou sinais de tortura no corpo.
‘Dad Charada’, apontado pela Polícia Civil como mentor de vários assassinatos em Palmas, estava preso no Presídio Barra da Grota, em Araguaína, quando foi encontrado morto na cela. A família solicitou um novo laudo pericial após discordar do primeiro exame de necropsia, que apontava apenas uma lesão no pescoço como causa da morte.
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No novo exame, os peritos constataram lesões superficiais no crânio, mas negaram que essas feridas tenham contribuído para a morte de Dad Charada. A defesa contesta o laudo, alegando que as evidências fotográficas e de vídeo indicam que as lesões ocorreram antes do enforcamento.

A família contesta o laudo, em especial por não ter sido fiel as várias evidências atestadas através das fotografias e vídeos juntados, aponta a defesa.
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Por meio de nota, a defesa diz não restar dúvida sobre a asfixia por enforcamento, mas não se pode afirmar “em que circunstâncias” ocorreu e nem se houve a intervenção de outra pessoa.
Ainda segundo a defesa, a família sustenta que as imagens e lesões demonstram que ‘Dad Charada’ não foi lesionado daquela forma em virtude do enforcamento, ele teria as sofrido antes.
A morte do detento ganhou ampla repercussão nacional. O velório ocorreu na casa da mãe em Palmas e foi estendido por três dias devido a um impasse judicial.
A investigação
O caso está sendo investigado por uma Comissão Permanente de Procedimentos Disciplinares e Sindicância, com livre acesso ao setor a ser investigado, tem prazo de 30 dias para conclusão das apurações.
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Apontado como um dos principais responsáveis por uma série de mortes em Palmas, ‘Dad Charada’ havia mudado de facção recentemente, o que resultou em conflitos entre grupos criminosos.
A Secretaria da Cidadania e Justiça assegurou que o detento recebeu atendimento adequado desde sua chegada ao presídio, e a sindicância visa averiguar a adoção correta das medidas protocolares em casos de mortes de custodiados dentro do sistema prisional.