Suspeito de matar vizinho com tiro no pescoço se apresenta à polícia e é liberado

Crime aconteceu em Palmas. Dono de ferro velho é suspeito de atirar na vítima após uma discussão sobre o local onde carcaças de veículos eram colocadas. Filho dele teria entregado à arma usada no crime e também é investigado.

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O Dono de um ferro velho, Wilfredo Akira Miyamura, e seu filho, que são suspeitos de envolvimento na morte Leonan Fernandes Alves, de 45 anos, se apresentaram à delegacia de Palmas na quarta-feira (10). De acordo com a Polícia Civil, eles optaram por permanecer em silêncio e responderão ao caso em liberdade, uma vez que não se trata mais de uma situação de flagrante.

O homicídio ocorreu após um desentendimento entre a vítima e o proprietário do ferro-velho sobre o local onde as carcaças de veículos estavam sendo depositadas. O caso foi registrado no último domingo (7) na chácara da família da vítima, que fica no loteamento Coqueirinho, na saída para Aparecida do Rio Negro, na rodovia TO-020.

Paulo Roberto, advogado de defesa de Wilfredo e seu filho, afirmou que ambos colaborarão com a justiça e estão interessados em esclarecer os fatos da melhor maneira possível.

“Wilfredo Akira e seu filho se apresentaram às autoridades às 9h da manhã. Wilfredo agiu em autodefesa após ser atacado. Foram efetuados dois tiros: um de aviso e outro em resposta a uma agressão. A defesa está confiante em demonstrar que o ato foi uma reação defensiva e que o ocorrido foi um homicídio por negligência, não intencional”, explicou o advogado.

Segundo a polícia, a família relatou que Leonan e seu irmão Edimar Fernandes Alves haviam saído para almoçar. Ao retornarem, notaram que o vizinho estava depositando carcaças de veículos no terreno onde Edimar atua como caseiro.

Homem é morto após discussão com dono de ferro velho
Leonan Fernandes foi morto com tiro no pescoço

Conforme informações da Polícia Militar, Edimar solicitou ao vizinho que removesse as carcaças conforme instruções do proprietário do terreno, mas houve recusa seguida de discussão. Posteriormente, o filho de Wilfredo foi até o ferro-velho da família e voltou com duas armas de fogo, entregando uma ao pai.

Ambos teriam tentado retirar Leonan do carro e agrediram Edimar com uma coronhada no rosto, causando-lhe ferimentos.

A Secretaria da Segurança Pública informou que o filho se apresentou à Polícia Civil e se reservou ao direito de ficar em silêncio e que mais informações serão repassadas em momento oportuno.

Segundo a família, Leonan não gostava de confusão e estava fazendo o retorno para ir embora quando o suspeito fez dois disparos, que acertaram o lavrador no pescoço. Ele deixa duas filhas, de 14 e 10 anos.

Edimar comenta que o irmão era muito querido por amigos e familiares, e não tinha antecedentes criminais. “Eu quero justiça. Não vou ter meu irmão de volta, eu só quero que ele pague pelo que ele fez. Porque ele fez com uma pessoa muito trabalhadora, querido. O pessoal gostava muito dele”, lamenta Edimar.

O caso é investigado pela 1ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP – Palmas).

O que diz a defesa

Seu Wilfredo Akira e o filho se apresentaram hoje por volta de 9 horas da manhã. Ele não tem interesse, por remoto que seja, em causar dificuldade para a justiça ou frustrar a aplicação da lei penal. Vai colaborar com a justiça. Tem interesse em ver o fato desvendado da melhor maneira. Agiu de forma legítima porque foi atacado. O crime em si, tiveram dois disparos. Um de advertência e o outro que ele estava se defendendo de uma agressão sofrida. O disparo não foi propositado. Houve aí um aberracho, um erro contra a pessoa. E o Leonan veio a óbito. Então, a defesa está tranquila e vai mostrar que tudo ocorreu porque eles estavam se defendendo e também porque houve de fato um homicídio culposo e não doloso.