>> Siga o canal do "Sou Mais Notícias" no WhatsApp e receba as notícias no celular.
A Polícia Civil indiciou os nove suspeitos presos em operação que desarticulou um comércio ilegal de armas em Araguaína, no norte do Tocantins. A operação aconteceu na terça-feira (3). Após o indiciamento, o destino de todo o armamento apreendido deve ser a destruição ou o repasse às forças de segurança.
Segundo apurado pela reportagem, entre os alvos tem um sargento da Polícia Militar, um empresário e um agente administrativo do sistema penal.
- Arsenal é apreendido em operação contra comércio ilegal de armas de fogo
- Alvo de operação contra venda ilegal de armas, sargento diz ser diretor de 18 clubes de tiro
A Operação
A ação realizada em Araguaína resultou em quatro homens presos em cumprimento de mandados de prisão preventiva e de outros outros cinco que foram presos em flagrante por porte ilegal de armas ou munições de uso restrito. Além disso, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão em endereços relacionados aos suspeitos, incluindo um estabelecimento comercial especializado na venda de armas e munições.
“Todos os alvos da operação são CAC’s (Colecionadores, Atiradores e Caçadores), incluindo um policial militar e um empresário que comercializa armas e munições, tanto legalmente quanto de forma informal”, ressaltou o delegado Fellipe Crivelaro.
Investigação
Segundo o delegado, as investigações tiveram início em 30 de outubro de 2023, quando o principal alvo da operação registrou um boletim de ocorrência falso, alegando que suas duas armas haviam sido roubadas a caminho de um clube de tiro.
- Técnico de informática é suspeito de invadir perfis de cliente e tentar simular traições conjugais
- Mulher morta com golpes de picareta na cabeça é encontrada em cima da cama de casa abandonada
“Começamos a investigar e descobrimos que o fato não havia ocorrido. Ao confrontá-lo, ele confessou que realmente havia vendido as armas. Embora não tenha revelado para quem as vendeu, entregou seu celular e autorizou o acesso aos seus dados. Com base nessas informações, desvendamos essa trama mais ampla”, revelou Fellipe Crivelaro.
Com a execução dos dez mandados de busca e apreensão e dos quatro de prisão, todos os presentes nos locais alvo da operação foram convidados a comparecer à delegacia e prestar esclarecimentos. “No total, 14 pessoas foram conduzidas e interrogadas. Aquelas para as quais inicialmente não se encontraram indícios de atividade ilegal foram liberadas, mas as investigações continuam e novos desdobramentos da Operação Clandestino podem surgir”, acrescento o delegado.
Fellipe Crivelaro também ressaltou que, conforme a legislação em vigor, os CAC’s, ao serem indiciados, perdem seus registros e têm um prazo para vender suas armas e munições. “Caso contrário, essas armas e munições podem ser confiscadas, decisão que cabe à Justiça, com base no parecer do Exército”, concluiu.
O que diz a Polícia Militar:
“A Polícia Militar do Estado do Tocantins informa que foi acionada para acompanhar, durante a manhã desta quarta-feira, 3, por meio da Corregedoria do 2º BPM, as diligências da Operação Clandestino, realizada pela Polícia Civil. Um policial militar, de 36 anos, foi alvo de busca e apreensão. O objeto da ação envolve a comercialização de armas e munições por clubes de tiro e sócios.
A Polícia Militar já adotou as medidas preliminares para apuração interna e está acompanhando o caso. Por fim, reafirma à sociedade seu compromisso com a legalidade e imparcialidade, no exercício de sua nobre função pública.”