Médico é indiciado por abusar de adolescente por cinco anos e tia e avó sabiam do crime

Crime aconteceu em Paraíso do Tocantins. Segundo a polícia, a vítima morava com a tia, esposa do médico, quando começaram os estupros.

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Um médico de 65 anos foi formalmente indiciado por estupro de vulnerável em Paraíso do Tocantins, na região central do estado,. A vítima, uma jovem de 16 anos e sobrinha do acusado, teria sofrido abusos desde os 11 anos. A esposa do médico, tia da vítima, e a avó também foram indiciadas, pois, apesar de terem sido informadas, não teriam prestado assistência à vítima.

Segundo a Polícia Civil, o avô da jovem foi quem denunciou os crimes, dando início à investigação em agosto de 2023. Ele relatou que a neta, atualmente com 16 anos, teria sido vítima do médico por um período de cinco anos.

A vítima vivia com a tia e o médico desde os cinco anos, quando deixou a zona rural da cidade. Os abusos teriam começado quando ela completou 11 anos, de acordo com o avô, e só cessaram quando o caso foi levado à polícia.

O delegado José Lucas Melo, encarregado da investigação, descobriu que a adolescente havia relatado os abusos à tia, esposa do médico, e à avó. No entanto, ambas não teriam tomado medidas para proteger a menina. Devido à falta de assistência, elas também foram indiciadas.

Ambas devem responder por omissão de socorro qualificada, segundo o delegado. A tia também foi indiciada por estupro de vulnerável, pois deveria ter impedido o crime após descobrir que o marido estava abusando da sobrinha.

“O que a vítima sofreu durante mais de cinco anos de sua vida foram casos de abuso sexual perpetrados por uma pessoa que se aproveitou da proximidade e do parentesco por afinidade para cometer os estupros. É importante salientar que tanto a tia quanto a avó tinham conhecimento dos abusos, mas optaram por se omitir e, portanto, também foram indiciadas”, reforçou o delegado José Lucas.

O inquérito foi concluído na quinta-feira (11). Se condenado, o médico pode enfrentar até 15 anos de prisão, de acordo com a polícia.

O delegado Manoel Frota, que também participou das investigações, destacou a importância de denunciar esse tipo de crime. “É extremamente importante que qualquer pessoa que tenha conhecimento de crimes sexuais contra menores denuncie os fatos à Polícia Civil o mais rápido possível”.