Médico acusado de estuprar sobrinha é indiciado por estuprar e assediar jovem de 15 anos que cuidava dos filhos dele

Crimes são investigados pela Polícia Civil de Paraíso do Tocantins. A esposa do médico também foi indiciada por saber dos abusos e não fazer nada.

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Um médico de 65 anos, que foi acusado de estuprar a sobrinha dele por cinco anos, foi novamente indiciado pela Polícia Civil do Tocantins nesta sexta-feira (19). A acusação desta vez, são pelos crimes de estupro agravado e assédio sexual contra uma adolescente de 15 anos, ocorrido há certa de 10 anos.

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De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, as acusações surgiram após investigações conduzidas pela 6ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher e Vulneráveis (DEAMV) e pela 63ª DP, em Paraíso do Tocantins.

O delegado José Lucas Melo destacou que, desta vez, os crimes foram cometidos contra uma adolescente de 15 anos, que há cerca de 10 anos atrás, trabalhava como babá dos filhos do médico e vivia na casa dos acusados.

A vítima, agora com 25 anos, ao saber que o casal havia sido acusado por estupro contra uma sobrinha da esposa do médico algumas semanas atrás, decidiu denunciar que também havia sido vítima dos dois.

Segundo a polícia, a jovem trabalhou como babá na casa do médico por algum tempo e, além de sofrer abusos sexuais e assédio, presenciou os crimes cometidos contra a sobrinha da esposa do médico. Na época, foi ameaçada pela mulher do acusado para não denunciar os crimes.

Os Crimes

Com base no depoimento desta segunda vítima e no aprofundamento das investigações, os investigadores confirmaram a veracidade das ações do médico. Além disso, mesmo após a vítima relatar os fatos para a esposa do médico, ela permaneceu inativa e não fez nada para interromper os abusos.

As investigações também revelaram que os abusos foram tão intensos que a jovem chegou a acordar várias vezes com o médico sobre ela. Com medo, ela começou a se trancar em alguns cômodos da casa, mas não aguentou a situação e, mesmo precisando do dinheiro, decidiu ir embora.

Novas Acusações

Com a conclusão das investigações, o médico foi acusado de estupro agravado, pois a vítima tinha menos de 18 anos na época dos fatos, e assédio sexual, uma vez que ele usava sua posição de patrão para constranger a vítima e facilitar a prática dos crimes.

A esposa do médico foi acusada pelos mesmos crimes do marido, pois tinha a responsabilidade de evitar os abusos, mas não fez nada. Além disso, foi ela quem levou a menor para morar em sua casa. Com base nas investigações, medidas protetivas foram concedidas para as vítimas e testemunhas dos dois casos.

O inquérito foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário para análise do Ministério Público e adoção das medidas legais cabíveis.

“As duas vítimas, ambas menores de idade, foram submetidas a todo tipo de abuso físico e psicológico, por uma pessoa que não teve o menor escrúpulo em se utilizar de sua condição de tio e patrão para cometer e ocultar os fatos”, ressaltou delegado José Lucas.

Medidas protetivas foram concedidas em favor das vítimas e das testemunhas do caso. A autoridade policial enfatiza que qualquer pessoa que tenha sido vítima deve procurar a delegacia mais próxima, onde receberá o apoio necessário.