Corpo de jovem suspeito de assassinar mãe foi encontrado por vaqueiro no portão de fazenda da família

Otaviani Grasse, de 29 anos, é suspeito de espancar a mãe, a advogada Lourdes Otaviani e foi encontrado morto com marca de tiros na quinta-feira (29).

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Um vaqueiro que trabalhava para a família de Guilherme Roberto Otaviani Grasse, de 29 anos, relatou ter encontrado o jovem caído na entrada da fazenda na quinta-feira (29). José Antônio Lopes afirmou que, ao avistar o corpo do suspeito de matar a própria mãe, Lourdes Otaviani, imediatamente notificou as autoridades.

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O jovem e a mãe residiam em Paraíso do Tocantins, na região central do estado. Em janeiro, a advogada foi hospitalizada com graves ferimentos, suspeitos de terem sido causados por espancamento. O caso foi reportado à polícia, que indiciou Guilherme, mas Lourdes acabou morrendo no Hospital Geral de Palmas (HGP) em 24 de fevereiro, após ficar quase 40 dias internada.

Filho suspeito de matar mãe advogada espancada é encontrado morto em fazenda
Foto: Divulgação

Segundo o vaqueiro José Antônio, ele havia combinado de encontrar Guilherme na propriedade, na zona rural de Barrolândia, logo cedo. No entanto, como o jovem não apareceu, ele retornou à cidade. Mais tarde, ao tentar contatá-lo por telefone e sem obter resposta, decidiu voltar à fazenda. “Quando cheguei lá, entrei e o encontrei morto. Voltei à rua e chamei a polícia”, explicou.

José Antônio relatou que Guilherme estava caído perto de uma cancela, na entrada da propriedade, mas optou por não mexer no corpo. “Não olhei muito bem, mas acredito que tenham sido três tiros”, relatou.

Ele também revelou que conhecia a família há muitos anos e sempre prestou serviços a advogada Lourdes.

A Polícia Militar e a perícia estiveram na fazenda durante a manhã. O corpo de Guilherme foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Paraíso e passou por exames de necropsia na noite de quinta-feira. Até o final do dia, nenhum parente havia se apresentado, e as equipes tentavam localizar o pai de Guilherme.

Entenda

A advogada Lourdes Otaviani faleceu em 24 de fevereiro no Hospital Geral de Palmas (HGP), após permanecer na UTI com ferimentos graves, indicativos de violência doméstica. Guilherme era o principal suspeito. Ele foi indiciado pela Polícia Civil por lesão corporal grave antes do falecimento de Lourdes.

Filho é suspeito de espancar advogada de 71 anos que morreu após quase 40 dias na UTI
Foto: Reprodução

O corpo apresentava sinais de ferimentos causados por tiros. Uma amiga de Guilherme, que estava na fazenda, relatou à polícia que indivíduos haviam invadido o local e que ouvira gritos e disparos de arma de fogo. Nenhum suspeito foi detido.

“Verificou-se que a vítima apresentava sinais externos compatíveis com violência doméstica, não condizentes com um ataque de um animal. Outros elementos de prova coletados durante a investigação demonstraram que o autor, o agressor, seria o próprio filho da vítima”, afirmou o delegado regional de Paraíso do Tocantins, Bruno Monteiro Baeza.

Acompanhantes de Lourdes informaram à polícia que a idosa havia visitado sua casa naquela mesma manhã com ferimentos pelo corpo, e logo em seguida seu filho, visivelmente alterado, a seguiu.

Diante do estado emocional do filho, a pessoa que prestou assistência a Lourdes solicitou ajuda aos bombeiros para levá-la ao hospital. Com base nessas informações, a polícia recomendou o registro de um boletim de ocorrência para investigar a violência na Delegacia de Polícia Civil.

De acordo com a Polícia Civil, Guilherme também era suspeito de envolvimento na morte de sua avó em 2021. Em ambos os casos, as vítimas foram espancadas e faleceram no hospital.

A polícia e o Ministério Público (MPE) solicitaram a prisão de Guilherme, mas o pedido foi negado pela juíza da vara criminal de Paraíso.

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