>> Siga o canal do "Sou Mais Notícias" no WhatsApp e receba as notícias no celular.
“A gente está cheio de dúvidas e com o coração angustiado”. Foi o que disse uma irmã de Pedro Henrique de Sousa Rodrigues, de 21 anos, uma das vítimas da chacina que aconteceu em Miracema do Tocantins. A onda de assassinatos após a morte de um sargento da Polícia Militar completa uma semana neste sábado (12).
Das sete mortes, duas aconteceram dentro de uma delegacia após a unidade ser invadida por 15 homens encapuzados. Outras três pessoas foram executadas a tiros. Um jovem que estava com as vítimas sobreviveu. Até agora nenhum suspeito foi preso.
Mais sobre a chacina de Miracema
- Pai do suspeito de matar PM relata temer o filho antes de ser executado na delegacia de Miracema
- Pai e irmão de suspeito de matar PM são executados por homens encapuzados dentro de delegacia
- Vídeos mostram depoimentos de pai e filho momentos antes de serem executados dentro de delegacia
- Sargento morre após ser baleado nas costas em Miracema do Tocantins
Entre as famílias que cobram respostas está a de Pedro Henrique de Sousa Rodrigues – jovem que foi encontrado morto ao lado de outros dois corpos em Miracema. Por medo, a irmã dele não quis ser identificada na reportagem.
Ela contou ao que toda a família está sofrendo com a morte. Segundo a moradora, o jovem era estudante e não tinha desentendimentos.
“Não existia nenhum motivo para matarem meu irmão. Ele era um jovem como muitos. Gostava de brincar, de beber, e era muito família. […] A gente sabe a índole do Pedro Henrique, sabemos quem ele era. Apesar que nada justifica tirar a vida do outro, não existia nenhum motivo para matar meu irmão”, disse.
A mulher disse que antes do crime Pedro Henrique esteve em Palmas, na casa de um irmão, onde ficou por cerca de dois meses, como costumava fazer. Ele tinha retornado para Miracema na sexta-feira (4), um dia antes de ser encontrado morto. Os outros jovens assassinados no mesmo local são Aprigio Feitosa da Luz e Gabriel Alves Coelho. A Polícia Civil confirmou que as vítimas não tinham histórico criminal.
Ministério Público ouve testemunhas
O Ministério Público do Tocantins começou a colher depoimentos de testemunhas da sequência de assassinatos que aconteceu em Miracema após um policial morrer em uma troca de tiros. O trabalho é feito pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) com a participação de delegados que atuam no caso.
Entre as vítimas dos assassinatos estão o pai e o irmão do suspeito de matar o policial. Eles foram executados dentro de uma delegacia após o local ser invadido por 15 homens encapuzados. Depois outras três pessoas foram mortas a tiros. A chacina completou uma semana e nenhum suspeito foi preso.
Entre as vítimas dos assassinatos estão o pai e o irmão do suspeito de matar o policial. Eles foram executados dentro de uma delegacia após o local ser invadido por 15 homens encapuzados. Depois outras três pessoas foram mortas a tiros. A chacina completou uma semana e nenhum suspeito foi preso.
As investigações buscam saber quem são os envolvidos e qual a motivação dos homicídios.
Testemunhas prestaram depoimentos nesta sexta-feira (11) na sede do MPTO. O Ministério Público afirmou que o Gaeco e o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública do órgão “foram acionados pelo procurador-geral de Justiça, Luciano Casaroti, para atuarem em conjunto nas investigações”.
O órgão informou que outras providências também foram adotadas referentes à garantia da integridade física de testemunha-chave do caso.
O Ministério Público refere-se ao único sobrevivente da onda de homicídios. O jovem de 18 anos chegou a ser baleado nas costas quando estava com outras três vítimas. A Polícia confirmou que eles não tinham histórico criminal.
*Com informações do G1