Temporais no RS: Defesa Civil confirma 55 mortes e investiga outros 7 óbitos

A Defesa Civil soma 82,5 mil pessoas fora de casa e 317 municípios afetados. Aeroporto e rodoviária de Porto Alegre estão fechados.

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A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou que foram confirmadas 55 mortes em decorrência dos temporais que atingiram o estado, conforme boletim divulgado às 18h deste sábado (4). Além disso, outros sete óbitos já confirmados estão sob investigação para determinar se têm relação com a tragédia. Veja a lista completa abaixo.

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Ao todo, há 74 pessoas desaparecidas e 107 feridas. A situação também afeta um grande número de desabrigados e desalojados, totalizando 82,5 mil pessoas fora de suas residências, sendo 13,3 mil em abrigos e 69,2 mil alojadas na casa de parentes ou amigos. Dos 496 municípios do estado, 317 registraram algum tipo de problema, afetando 510,5 mil pessoas.

Mortes confirmadas (55):

  • Bento Gonçalves (3)
  • Boa Vista do Sul (2)
  • Bom Princípio (1)
  • Canela (2)
  • Caxias do Sul (4)
  • Encantado (1)
  • Farroupilha (1)
  • Forquetinha (2)
  • Gramado (6)
  • Itaara (1)
  • Lajeado (1)
  • Montenegro (1)
  • Pantano Grande (1)
  • Paverama (2)
  • Pinhal Grande (1)
  • Putinga (1)
  • Salvador do Sul (2)
  • Santa Cruz do Sul (3)
  • Santa Maria (6)
  • São João do Polêsine (1)
  • São Vendelino (2)
  • Segredo (1)
  • Serafina Corrêa (2)
  • Taquara (2)
  • Três Coroas (1)
  • Vale do Sol (1)
  • Venâncio Aires (3)
  • Vera Cruz (1)

Mortes em investigação (7):

  • Caxias do Sul (1)
  • Pinhal Grande (1)
  • Santa Cruz do Sul (1)
  • Santa Maria (1)
  • Três Coroas (3)

Porto Alegre, a capital do estado, enfrenta graves problemas devido ao transbordamento do Guaíba, que superou a cota de inundação e avançou sobre ruas e avenidas, atingindo mais de 5 metros de altura na manhã deste sábado. A rodoviária da cidade foi completamente alagada, levando ao cancelamento de todas as viagens de chegada e saída. O Aeroporto Salgado Filho também foi fechado devido ao grande volume de chuvas.

Temporais no RS: Defesa Civil confirma 55 mortes e investiga outros 7 óbitos
Rodoviária de Porto Alegre ficou totalmente alagada com enchente neste sábado (4) — Foto: Jorge Rosa/Arquivo pessoal

Durante uma coletiva de imprensa realizada na manhã deste sábado, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), fez um apelo à população para que faça um racionamento de água, descrevendo a situação como “quase uma determinação”. Quatro das seis estações de tratamento de água estão fora de operação.

Os temporais também afetaram os presídios do estado, deixando muitos detentos ilhados devido às enchentes. Mais de 1 mil detentos precisaram ser transferidos para outras unidades prisionais.

Diante da gravidade da situação, o governo estadual decretou estado de calamidade, o que foi reconhecido pelo governo federal. Isso permite que o estado solicite recursos federais para ações de defesa civil, incluindo assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.

Temporais no RS: Defesa Civil confirma 55 mortes e investiga outros 7 óbitos
Cheia do Rio Gravataí­ que continua subindo na divisa entre Cachoeirinha com a Avenida Assis, em Porto Alegre (RS), na quinta-feira, 02 de maio de 2024. Foto: DONALDO HADLICH ESTADÃO CONTEÚDO

A Defesa Civil alerta que a maioria das bacias hidrográficas do estado está sob risco de elevação das águas acima da cota de inundação.

O governo federal enviou 100 integrantes da Força Nacional para auxiliar nas operações de resgate e salvamento das vítimas das enchentes no RS. A tropa inclui 60 bombeiros para ajudar na resposta ao desastre, além de veículos e equipamentos de resgate.

A Polícia Rodoviária Federal mobilizou 75 agentes e sete especialistas em resgate para auxiliar nas operações de salvamento das pessoas atingidas pelas enchentes.

Os temporais que atingem o Rio Grande do Sul são atribuídos a diversos fenômenos climáticos, incluindo correntes intensas de vento, um corredor de umidade vindo da Amazônia e um bloqueio atmosférico causado pelas ondas de calor. A previsão é de mais chuvas nas próximas 24 horas, com acumulados que podem chegar a 400 milímetros, somando-se aos mais de 300 milímetros registrados nos últimos quatro dias.