Sobe para 107 o número de mortos após enchentes que atingem o RS

Estado investiga outros dois óbitos. São 136 desaparecidos e 374 feridos. Mais de 1,4 milhão de pessoas foram afetadas pelos temporais.

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O mais recente boletim divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul revela que o número de vítimas fatais dos temporais que assolaram o estado aumentou para 107. A atualização, datada desta quinta-feira (9), indica ainda que há um óbito em fase de investigação. Além disso, o estado contabiliza 136 desaparecidos e 374 feridos.

As mortes confirmadas estão distribuídas da seguinte forma:

  • Bento Gonçalves (6)
  • Boa Vista do Sul (2)
  • Bom Princípio (1)
  • Canela (2)
  • Canoas (4)
  • Capela de Santana (1)
  • Capitão (2)
  • Caxias do Sul (5)
  • Cruzeiro do Sul (8)
  • Encantado (2)
  • Esteio (1)
  • Farroupilha (1)
  • General Câmara (1)
  • Forquetinha (2)
  • Gramado (7)
  • Itaara (1)
  • Lajeado (5)
  • Montenegro (1)
  • Pantano Grande (1)
  • Paverama (2)
  • Pinhal Grande (1)
  • Porto Alegre (4)
  • Putinga (1)
  • Roca Sales (2)
  • Salvador do Sul (2)
  • Santa Cruz do Sul (2)
  • Santa Maria (6)
  • São João do Polêsine (1)
  • São Leopoldo (3)
  • São Vendelino (2)
  • Segredo (1)
  • Serafina Corrêa (2)
  • Silveira Martins (1)
  • Sinimbu (1)
  • Sobradinho (1)
  • Taquara (2)
  • Três Coroas (3)
  • Vale do Sol (1)
  • Venâncio Aires (3)
  • Vera Cruz (1)
  • Veranópolis (5)

Atualmente, cerca de 232,1 mil pessoas estão deslocadas de suas residências, sendo que 67.542 encontram-se em abrigos, enquanto outras 164.583 estão desalojadas, alojadas temporariamente em casas de familiares ou amigos.

Equipes de bombeiros, policiais, militares e civis voluntários ajudam a resgatar e abrigar moradores que tiveram casas inundadas em Porto Alegre. — Foto: JORGE LANSARIN/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
Equipes de bombeiros, policiais, militares e civis voluntários ajudam a resgatar e abrigar moradores que tiveram casas inundadas em Porto Alegre. – Foto: JORGE LANSARIN/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO

O Rio Grande do Sul enfrenta problemas em 425 dos seus 497 municípios devido aos temporais, afetando aproximadamente 1,476 milhão de pessoas. Os impactos se estendem aos serviços, educação e transportes.

As cidades do Sul do estado, como Pelotas, já apresentam transtornos decorrentes das chuvas. Na Praia do Laranjal, moradores estão sendo alertados para deixar áreas de risco, com 400 pessoas já abrigadas pela prefeitura. As aulas nas escolas municipais foram suspensas até sexta-feira (10).

Em Rio Grande, mais de 200 pessoas estão desalojadas na Lagoa dos Patos, com 223 desalojados e 49 em abrigos. Jaguarão e São Lourenço do Sul também enfrentam os impactos das chuvas.

Porto Alegre voltou a registrar chuvas e ventos fortes na tarde de quarta-feira (8), com a Defesa Civil emitindo alerta para chuvas intensas e ventos acima de 90 km/h em grande parte do estado, além de risco de descargas elétricas e granizo.

Em Canoas, 11 bairros foram evacuados por ordem da prefeitura devido às enchentes. Mais de 50 mil pessoas vivem em áreas de risco no município, com 15 mil levadas para 55 abrigos. Um cavalo ficou ilhado no telhado de uma casa.

Quanto à infraestrutura, as polícias rodoviárias Federal e Estadual reportam 139 trechos de estradas bloqueados, parcial ou totalmente, sendo 54 em rodovias federais e 85 em rodovias estaduais. Porto Alegre está isolada do interior do estado pelas rodovias BR-290, BR-116, BR-448 e BR-386, com as únicas vias de acesso disponíveis pelas ERS-040 e ERS-118.

A situação energética é crítica, com aproximadamente 459 mil pontos sem luz. A distribuidora de energia CEEE Equatorial e a RGE Sul somam 459 mil imóveis sem energia. Já a Corsan, responsável pelo abastecimento de água, registra 523,3 mil imóveis sem água.

As telecomunicações também foram afetadas, com 18 municípios sem serviços de telefonia e internet pela Tim, cobertura prejudicada em 35 cidades pela Vivo e seis municípios sem sinal pela Claro. As operadoras liberaram pacotes de internet grátis para manter a comunicação durante os temporais.

O estado de calamidade decretado pelo governo estadual, reconhecido pelo governo federal, possibilita a solicitação de recursos federais para ações de defesa civil. A maior parte das bacias hidrográficas do estado está em risco de elevação das águas acima da cota de inundação.