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A professora de história, Bruna Flor de Macedo Barcelos, revelou ter sido vítima de um vazamento de fotos íntimas, onde aparecia nua, por parte de alunos, após acessarem pastas privadas em seu celular pessoal. Após a repercussão do caso, a professora foi desligada de suas funções na Escola Estadual Doutor Gerson De Faria Pereira, localizada em Alto Paraíso de Goiás, próximo ao Distrito Federal.
“Me senti violada, agredida. Logo em seguida, a administração da escola emitiu um comunicado alegando que os estudantes se sentiram constrangidos em assistir minhas aulas após terem visto minha foto nua. Foi uma inversão de papéis sobre quem foi realmente vítima na situação”, relatou a professora.
Até o momento, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) não se manifestou sobre o caso.
Ao G1, Bruna contou que havia emprestado o aparelho para que os alunos pudessem fazer fotos durante um evento escolar, que seriam posteriormente utilizadas em uma atividade educacional. No entanto, os alunos acessaram pastas privadas e compartilharam as imagens entre si.
O vazamento das fotos foi denunciado pela professora à Polícia Civil.
A professora relatou que a administração da escola ficou sabendo do ocorrido após uma coordenadora observar diversos alunos reunidos e, ao se aproximar, constatar que estavam visualizando uma foto dela nua.
“Eu trabalhei até o final do expediente normalmente, sem saber de nada. Enquanto todos já estavam cientes da situação, só fui informada às 18 horas, quando a diretora, ao final do dia, me chamou para uma reunião, dizendo que seria apenas eu e ela. No entanto, havia seis pessoas na sala, o que me deixou constrangida. Foi nesse momento que ela me informou sobre o ocorrido. Fiquei chocada”, relembrou a professora.
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Após o incidente, Bruna afirmou ter sido alvo de tratamento desrespeitoso por parte de colegas e da administração da escola. Segundo ela, possuía um contrato de cinco anos com a instituição, mas foi demitida em menos de oito meses após o início do contrato, no ano de 2023.
Em resposta a um ofício em defesa da professora, a escola argumentou que o regimento interno proíbe os professores de emprestarem seus celulares pessoais aos alunos. A instituição ainda ressaltou que suas decisões estavam em conformidade com o Estatuto da Criança e do Adolescente, visando a proteção integral das crianças e de seus direitos. Ademais, afirmou ter orientado a professora a procurar a polícia.
Bruna Flor defendeu que o celular foi emprestado devido à falta de dispositivos na escola capazes de registrar o evento, que fazia parte do Mês da Consciência Negra, e que o registro era importante.
“Solicitar que os estudantes capturem registros de uma atividade é dotá-los de autonomia, um valor fundamental para um ser humano livre e cidadão”, enfatizou a professora.
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