Polícia indicia duas pessoas pelo assassinato de empresário em dos posto de combustível que ele era dono em Palmas

Crime aconteceu em janeiro de 2022. Atirador teria sido contratado por R$ 200 mil, mas recebeu2 R$ 7 mil, segundo o documento. Já o mandante estaria morando no México.

Compartilhe:

>> Siga o canal do "Sou Mais Notícias" no WhatsApp e receba as notícias no celular.

A Polícia Civil concluiu o inquérito investigativo sobre o assassinato do empresário Nilton Alcântara Neves, de 60 anos, e indiciou dois homens suspeitos de armar a embosca e executar o crime. O documento também aponta que um suposto mandante estaria morando no México.

O assassinato aconteceu no dia 25 de janeiro de 2022 em um posto de combustíveis da ASR-SE 75 (Antiga 712 Sul). A vítima era proprietária do estabelecimento.

Os dois indiciados foram presos durante ação policial em Cuiabá, no Mato Grosso, e recambiados para o Tocantins no dia 14 de fevereiro deste ano.

Leia também

Segundo o inquérito, assinado pelo delegado Eduardo Cezar de Menezes Dias Ribeiro, um dos suspeitos, Eder Pereira da Silva seria o autor dos disparos que mataram o empresário. Já Adalto Ramalho da Silva teria dado apoio na fuga.

Na investigação, que levou à prisão dos suspeitos e busca e apreensão de bens de 11 pessoas que também poderiam estar ligadas ao crime, a polícia descobriu que um dos investigados afirmou, em conversa por aplicativos de mensagem, que o possível mandante estaria morando no México.

Foto: Divulgação

Ainda na conversa que estava em um dos celulares apreendidos, Eder teria cobrado R$ 200 mil para fazer o ‘serviço’ e recebido apenas R$ 7 mil, levando assim um ‘calote’. A pessoa que tinha essa informação sabia do caso, mas não havia provas que a ligassem ao crime.

Leia também

O crime

Por volta das 19h30 de 25 de janeiro, Nilton chegava a um dos postos de combustíveis de sua propriedade e desceu para falar com a esposa, que estava em outro veículo com os filhos. Ele foi abordado por um homem que efetuou disparos de arma de fogo. Pelo menos seis tiros atingiram Nilton, que morreu na hora. Depois disso, o suspeito saiu correndo.

Câmeras de segurança de uma lanchonete e do próprio posto registraram que o atirador andou pelas dependências do estabelecimento por pelo menos 40 minutos até executar Nilton.

Assim que chegou ao posto, o homem ainda teria cruzado com a vítima. “Em meio ao trajeto até o restaurante para encontrar com a esposa e partir em direção à chácara, Nilton chega a cruzar com o homem, que, segundos depois, atentaria de contra sua vida de maneira odiosa, segundo imagem a seguir […] Valendo-se de o fato da vítima estar de costas e entretida com o preparo do veículo para viagem, o marginal efetua contra ela vários disparos de arma de fogo.”, diz trecho do relatório final.

Após os disparos, o atirador correu em direção a marginal da TO-050, no sentido Sul, passando por dentro do Bolsão do estacionamento da quadra 712 Sul. Ele também se livrou da camisa azul que usava e passou a vestir uma camiseta de cor preta.

Hospedagem

Os suspeitos chegaram a se hospedar em hotéis da cidade dias antes do crime. Segundo a investigação da Polícia Civil, eles fizeram o check-in em um hotel da região central de Palmas no dia 17 de janeiro de 2022. Imagens do circuito interno do local registraram que eles chegaram com mochilas e subiram para um quarto.

No dia 24 de janeiro, um dia antes do assassinato, a dupla trocou de hotel e foi para outro estabelecimento na mesma região. Eles usavam um carro para se locomover na cidade. As informações foram conseguidas por causa da placa do veículo, que foi registrada em câmeras em pontos de Palmas.

O relatório final aponta o detalhamento da movimentação dos suspeitos assim que chegaram a Palmas, com as datas e locais onde os suspeitos se hospedaram. Imagens de câmera de segurança dos hotéis também registraram as entradas e saídas, o que ajudou a polícia a identificar os suspeitos.

Depoimento dos suspeitos

No inquérito, a polícia citou que Eder preferiu ficar em silêncio, “deixando para fase judicial o momento para se manifestar”.

Adalto negou qualquer envolvimento no assassinato de Nilton, mas afirmou que Eder teria confessado o crime quando eles retornavam para o Mato Grosso e outras acusações contra o outro suspeito, relacionadas a um suposto encontro entre ele e a vítima para um acerto de contas pela compra de uma fazenda.

Entretanto a polícia contestou ele ter negado a participação, já que as câmeras de segurança analisadas apontavam que era ele quem conduzia o carro que ajudou Eder na fuga após os disparos contra a vítima.

Com o relatório final, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o inquérito será encaminhado ao Ministério Público, órgão responsável por oferecer denúncia ao Poder Judiciário.