Mulher é presa por inventar que pai estuprou neto para ele ser preso e ela ficar com os bens dele

Caso aconteceu em Goiânia e Idoso ficou preso por cerca de um mês por causa da mentira da filha. Mulher também é suspeita de agredir o pai.

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Uma mulher de 38 anos foi presa suspeita de ter inventado que seu pai havia estuprado o neto de 7 anos, com a intenção de que ele fosse preso e ela pudesse ficar com os bens do idoso de 78 anos. O caso aconteceu em Goiânia (GO). De acordo com a Polícia Civil, a falsa acusação levou à prisão do idoso por mais de um mês.

“Essa notícia falsa resultou na prisão do idoso, que ficou detido por mais de um mês. Quando ele voltou para casa, todas as fechaduras tinham sido trocadas”, explicou o delegado Alexandre Bruno de Barros.

A prisão foi anunciada pela polícia na sexta-feira (17). No mesmo dia, a justiça determinou a revogação da prisão dela. Segundo a Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP), até às 9h10 deste domingo (19), a mulher ainda não havia sido solta, pois o alvará de soltura estava em processo de cumprimento.

Crimes contra o pai

A investigação durou seis meses. A Polícia Civil revelou que, após a falsa acusação de abuso sexual, o idoso ficou preso por cerca de um mês, mas conseguiu provar sua inocência e foi libertado.

O delegado Alexandre Bruno informou que, ao voltar para casa, o idoso descobriu que todas as fechaduras tinham sido trocadas. “A investigada passou a morar na casa, afirmando que não sairia. Ela também se apropriou dos rendimentos e dos aluguéis dos barracões do pai”, relatou o delegado.

A mulher ameaçou o pai de morte e de inventar novamente que ele havia abusado sexualmente do neto. Sem casa, roupas, comida ou rendimentos, o idoso buscou ajuda de outro filho e denunciou o caso à polícia.

A investigação também revelou que a mulher já havia agredido tanto o pai quanto a mãe, que já é falecida. Ela deve responder pelos crimes de apropriação indébita, perseguição, extorsão e maus-tratos contra o pai.

Revogação da prisão

Após a prisão preventiva da mulher, a Justiça de Goiás revogou a detenção dela. O juiz Marlon Rodrigo Alberto dos Santos explicou que a prisão preventiva foi decretada no dia 13 de maio. No entanto, a Defensoria Pública pediu a revogação da prisão, alegando inimputabilidade da mulher.

O Ministério Público foi parcialmente favorável à revogação, levando a Justiça a revogar a prisão e a instaurar um incidente de insanidade mental. O juiz detalhou que, embora o “contramandado” pedindo a revogação tenha sido expedido, a ordem de prisão ainda estava em vigor quando a mulher foi presa. O cumprimento do mandado não foi ilegal, mas a prisão foi posteriormente revogada.