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O crime de estelionato afetou 12.469 vítimas no Tocantins no ano passado, representando um aumento de 3,27% em relação a 2022, quando 12.074 pessoas foram vítimas de golpes. Os dados, provenientes da Secretaria da Segurança Pública (SSP), indicam que somente nos primeiros dezoito dias deste ano, 337 vítimas foram registradas. O estelionato figura como o terceiro crime mais registrado no Tocantins, sendo classificado como o segundo ao longo de todo o ano passado.
Uma análise realizada pela Polícia Civil, através da Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA), identificou os principais golpes envolvendo a compra e venda de veículos no estado.
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Esses golpes incluem:
- Golpe do Bem Bolado: Um criminoso, frequentemente um detento, seleciona anúncios online de veículos à venda, replica-os com seu contato falso no WhatsApp e oferta o veículo por um preço abaixo da tabela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
- Golpe do Veículo de Locadora: O criminoso aluga um carro em uma locadora de outro estado, transfere o veículo para um laranja usando documentos falsos e, posteriormente, revende o carro a terceiros de boa-fé. Após 60 dias, o comprador descobre que o veículo é de locadora.
- Golpe do Veículo Financiado: O golpista vende um veículo financiado, alegando que está quitado. No entanto, dias após a compra, o comprador descobre que o veículo ainda está financiado, pois o golpista, utilizando documentos falsos, financia o veículo antes de revendê-lo.
- Carro Clonado: Veículos roubados ou furtados são clonados, adulterando todos os sinais identificadores em outro veículo regular que circula em outro estado. A fraude é descoberta durante a vistoria de transferência do veículo junto ao Departamento de Trânsito (Detran).
- Moto de Leilão: Motos roubadas ou furtadas são vendidas como se fossem provenientes de leilão, frequentemente com placas falsas, motores e chassis adulterados.
Em relação a compra de veículos, o delegado Rossilio Souza Correia recomenda cautela, sugerindo a escolha de concessionárias estabelecidas no mercado. Ele aconselhou pesquisas junto a outros clientes, realização de perícia particular no veículo, verificação do histórico automotivo, busca pelos antigos proprietários e recusa de transferência de dinheiro para terceiros sem a devida verificação presencial.
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