Jogador de vôlei de praia denuncia ataques homofóbicos durante partida em Recife

Ataques ocorreram durante etapa do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia. CBV disse que vai encaminhar uma denúncia ao Ministério Público.

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Neste sábado (16), o jogador carioca Anderson Melo veio a público para denunciar ataques homofóbicos que sofreu durante a etapa de Recife do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, ocorrida na quinta-feira (14/3). Ele relata ter sido alvo de ofensas durante o jogo.

Nas redes sociais, Anderson compartilhou sua dor, expressando que se sente desolado e que, pela primeira vez, teve seu sorriso e suas palavras tirados de si. O jogador ressalta que os ataques aconteceram em um ambiente destinado à apreciação dos atletas e relembra a preocupação de sua mãe, que temia vê-lo sofrer por ser homossexual. Lamentavelmente, ela não estava presente para protegê-lo, assim como ninguém mais.

O atleta relata ter registrado um boletim de ocorrência e destaca seu orgulho em ser quem é, enfatizando o direito de todos serem respeitados. Ele faz um apelo para que sua situação não seja ignorada, buscando conscientizar sobre a importância do respeito à diversidade.

A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) lamentou o incidente em nota oficial, informando que investigou os acontecimentos, revisou as imagens do jogo e dialogou com a arbitragem para obter todas as informações necessárias. A CBV protocolou um boletim de ocorrência em uma delegacia de Recife e encaminhará o caso ao Ministério Público local, comprometendo-se a acompanhar todos os desdobramentos.

Além disso, a CBV ressalta que está veiculando uma mensagem de conscientização sobre a criminalização da homofobia antes de cada partida desde sexta-feira. A entidade reitera sua posição contrária a qualquer forma de preconceito, enfatizando que o esporte é uma ferramenta para promover valores como respeito, tolerância e igualdade.

O atleta recebeu também o apoio da senadora Leila Barros (PDT-DF), que manifestou sua tristeza ao perceber que o sistema esportivo ainda tolera ataques homofóbicos. Ela se comprometeu a acionar o Ministério Público para que medidas cabíveis sejam tomadas, visando identificar os agressores e garantir que sejam responsabilizados.

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