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Um caminhoneiro tornou-se réu por causar um acidente que resultou na morte de quatro policiais militares em Cachoeira Alta, na região sudoeste de Goiás. Na decisão, o juiz mencionou que, de acordo com o laudo da perícia, o caminhão estava acima do limite de velocidade permitido, com sobrepeso de carga e invadiu a pista contrária.
A decisão foi emitida pelo juiz Filipe Luis Peruca na terça-feira (21). A defesa do motorista afirmou que não concorda com a denúncia feita pelo Ministério Público e que se “empenhará em garantir ao réu o seu direito à ampla defesa e contraditório, comprovando, na sequência, a sua inocência”.
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Durante depoimento, o caminhoneiro negou ter dirigido o caminhão de forma irregular. No entanto, o Ministério Público denunciou o caminhoneiro por homicídio doloso (quatro vezes, considerando as quatro vítimas) e pelo artigo 70 do Código Penal, que se aplica quando uma pessoa pratica dois ou mais crimes mediante “uma só ação ou omissão”.
O acidente ocorreu na noite do dia 24 de abril. As vítimas foram: o subtenente Gleidson Rosalen Abib, o 1º sargento Liziano José Ribeiro Junior, o 3º sargento Anderson Kimberly Dourado de Queiroz e o cabo Diego Silva de Freitas. Na colisão, o caminhoneiro sofreu apenas ferimentos leves.
O juiz explicou a possibilidade de dolo no homicídio em que o caminhoneiro é acusado:
“Embora o réu tenha negado o dolo durante seu interrogatório, ao menos numa análise preliminar adequada para o momento do recebimento da denúncia, […] o réu teria, hipoteticamente, agido com dolo eventual, pois tinha condição de prever o resultado danoso de seu comportamento, […] especialmente considerando que se trata de um motorista profissional”, ponderou o magistrado.
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Laudo Pericial
A perícia da Polícia Científica concluiu que o caminhoneiro invadiu a contramão e bateu contra a viatura na BR-364. O laudo analisou as marcas de pneus na pista para entender a dinâmica da colisão, revelando que o caminhão estava a uma velocidade entre 110 e 120 km/h.
A perícia também verificou que a viatura saiu da pista para tentar desviar do caminhão e evitar o acidente. O condutor da viatura desviou à direita, entrando no acostamento, o que não foi suficiente para evitar a colisão.
O Acidente
Um vídeo mostra que a viatura e a carreta envolvidas no acidente ficaram destruídas. Em nota, a PM informou que os militares estavam em deslocamento durante um serviço no momento da colisão. Os corpos dos policiais foram velados e sepultados no dia 25 de abril após um cortejo.