Caixas e bolsas cheias de dinheiro são encontradas pela PF em operação sobre fraude em contratos da prefeitura de Palmas

Apreensão aconteceu durante operações que investigam fraudes da Secretaria de Educação da capital. Secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Serviços Regionais foi preso.

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Durante operações de investigação sobre fraudes em contratos da Secretaria Municipal de Educação de Palmas, a Polícia Federal apreendeu dinheiro e joias em uma residência. O dinheiro foi encontrado soma mais de R$ 3,6 milhões. A quantia estava em um apartamento da região norte e foi localizada durante o cumprimento de mandados em investigação que apura supostas fraudes em contratos sem licitação da Secretaria Municipal de Educação (Semed).

As operações da PF investigam contratos do transporte escolar e da aquisição de materiais pedagógicos, cujo valor total ultrapassa R$ 30 milhões.

Vídeo:

Logo após a descoberta do dinheiro, o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Serviços Regionais, Edmilson Vieira das Virgens, foi preso em flagrante sob suspeita de lavagem de dinheiro. A Prefeitura de Palmas e a prefeita Cinthia Ribeiro afirmaram colaborar com as investigações.

Os contratos sob investigação foram realizados sem licitação, levando a suspeitas de contratação direta ilegal, corrupção e lavagem de dinheiro. As operações de busca e apreensão foram direcionadas à sede da Secretaria Municipal de Educação e ao prédio da prefeitura.

No caso do contrato do transporte escolar, o município está pagando cerca de R$ 110 mil por dia de contrato, totalizando R$ 19,9 milhões por 180 dias. A contratação foi feita em apenas dois dias e isso chamou atenção da polícia.

Operação

Na manhã desta quinta-feira (10) a sede da Secretaria Municipal de Educação e o prédio da prefeitura na Avenida JK foram alvos de mandados de busca e apreensão.

A Polícia Federal cumpriu as ordens uficiais em duas operações. A primeira investiga o contrato de transporte escolar e a segunda apura compra de kits pedagógicos, que somam mais de R$ 30 milhões.

Foto: TV Anhanguera

Os dois contratos foram feitos sem licitação. Segundo a PF, as investigações começaram após denúncias e são apurados os crimes de contratação direta ilegal, corrupção e lavagem de dinheiro.

A prefeita Cinthia Ribeiro respondeu à investigação destacando a colaboração com a Polícia Federal e a importância de esclarecer as denúncias. Ela enfatizou que nenhum gestor está imune a investigações e assegurou a busca pela verdade.

A Prefeitura de Palmas esclareceu que o contrato emergencial de transporte escolar, objeto da investigação, está em vigor para atender a mais de 3 mil crianças na zona rural. Também mencionou que o contrato foi feito emergencialmente por falta de empresas que se adequassem ao processo licitatório. Quanto ao contrato de materiais didáticos, afirmou que seguiu princípios legais e colaborou com os órgãos de controle, inclusive sendo arquivado pelo Tribunal de Contas do Estado.

A gestão municipal reiterou seu compromisso em esclarecer a situação e colaborar com as investigações policiais.

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