>> Siga o canal do "Sou Mais Notícias" no WhatsApp e receba as notícias no celular.
No neste domingo (23), foi encontrado morto na cela do presídio Barra da Grota, em Araguaína, no norte do Tocantins, Carlos Augusto da Silva Fraga, conhecido como ‘Dad Charada’. Ele era apontado pela Polícia Civil como mandante de 50 assassinatos em Palmas. A prisão ocorreu após sua captura no Rio Grande do Sul, sendo posteriormente transferido para Palmas em 11 de julho.
De acordo com informações da Secretaria de Cidadania e Justiça, ‘Dad Charada’ estava sozinho na cela no momento do ocorrido, e a perícia foi acionada para determinar a causa da morte. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico (IML) de Araguaína, onde foram realizados os exames de necropsia, aguardando a manifestação dos familiares para liberação.
Leia também:
- Apontado como mandante de 50 mortes, ‘Charada’ criou loja virtual de drogas e queria explodir traficante rival
- Homem preso no RS é suspeito de articular vários assassinatos no Tocantins, diz polícia
- 30kg de maconha é apreendida e três traficantes presos em Palmas
As autoridades da Secretaria da Segurança Pública (SSP) relatam que, embora haja indícios de que Carlos Augusto tenha tirado a própria vida, a 2ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Araguaína está encarregada da investigação, coletando elementos para esclarecer os fatos.
Prisão
‘Dad Charada’ foi preso em Passo Fundo (RS) e posteriormente transferido para Araguaína, após o pedido da defesa, devido a supostas ameaças de morte que ele estaria enfrentando na prisão de Palmas. Segundo seu advogado, Zenil Drumond, a defesa solicitou que ele fosse mantido em cela separada, porém, a solicitação não foi atendida.
Onda de violência
Palmas tem sido cenário de uma onda de violência e assassinatos sem precedentes em 2023, com um aumento de 210% nas mortes em comparação ao mesmo período do ano anterior. A SSP atribui mais de 60% dessas mortes a uma guerra entre facções. Entretanto, levantamentos indicam que mais da metade das vítimas de homicídio até maio não tinham passagem pela polícia.
A investigação da polícia sugere que Dad Charada havia migrado para uma facção criminosa carioca, declarando guerra contra sua antiga facção paulista. Ele é apontado como o principal articulador da facção carioca, que buscava eliminar lideranças rivais e recrutar novos membros.
Loja virtual para vender drogas
Dentro desse contexto, a polícia descobriu que Dad Charada adotou uma abordagem empresarial e meticulosa, empregando estratégias de marketing digital para vender drogas capital. As mensagens interceptadas mostram que o grupo possuía lojas virtuais e até mesmo uma central de atendimento ao cliente. Além disso, eles ofereciam cartões fidelidade aos usuários e vendiam camisas com a identidade visual da facção.