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A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) pediu nesta quinta-feira (7) aos governos que regulem com rapidez o uso da inteligência artificial (IA) nas escolas, com o objetivo de garantir a ética.
A Unesco divulgou as orientações mundiais sobre a utilização da IA, propondo fixar em 13 anos a idade mínima para que os alunos possam utilizar a ferramenta no contexto escolar.
O organismo da ONU destacou que os professores devem ter formação adequada, assim como devem ser estabelecidas normas mundiais, nacionais e regionais para a proteção dos dados e da privacidade.
A Unesco alertou que o uso da ferramenta está agravando o fosso digital de dados e que os modelos atuais de ChatGPT usam dados de utilizadores que refletem os valores e as normas sociais dominantes do Norte do globo.
Em junho, a organização advertiu que a utilização da inteligência artificial nas escolas está sendo implementada com excessiva rapidez, por meio de “preocupante falta de escrutínio, controle e regulação”.
A ferramenta pode criar textos, imagens, vídeos, música e códigos de programação informática, acabando por provocar profundas implicações na educação e nos processos de investigação.
Pesquisa recente feita pela Unesco em mais de 450 escolas e universidades indicou que apenas 10% implementaram normas sobre o uso dessa ferramenta tecnológica devido, sobretudo, à falta de normas nacionais.
“A inteligência artificial pode ser uma grande oportunidade para o desenvolvimento humano, mas também pode causar danos e preconceitos”, disse a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay.
Para ela, “a ferramenta não pode integrar-se à educação sem o compromisso público e as salvaguardas e regulações necessárias por parte dos governos”.