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Dois estudantes que sobreviveram ao acidente com o ônibus do Instituto Federal do Pará (IFPA) no domingo (26) relataram à Polícia Civil que o veículo apresentava problemas nos freios. Os depoimentos indicam que o ônibus trafegava em alta velocidade sobre lombadas e já demonstrava problemas de freio desde a cidade de Moju, situada a 320 km de Tucuruí, onde ocorreu o acidente.
O ônibus transportava servidores e estudantes do IFPA para os Jogos dos Institutos Federais (JIF) 2024. A instituição havia emitido uma nota afirmando que a manutenção do ônibus estava em dia e que o veículo estava apto para viajar.
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Em uma nova declaração, o IFPA informou que “o ônibus passou por um processo de revisão e prevenção no período de 9 a 12 de abril, durante o qual foram realizados serviços no sistema de freios, filtro de óleo, filtro de combustível, revisão dos pneus e manutenção no sistema de ar-condicionado”. A instituição também destacou que “só será possível definir a causa do acidente com o resultado do trabalho da perícia especializada, ação já iniciada e sem previsão de conclusão” e que “o condutor do veículo era mecânico e chefe do setor de transporte do campus Castanhal”.
Acidente com ônibus
No total, 40 pessoas estavam a bordo. Elas integravam as delegações dos municípios de Castanhal e Vigia, no nordeste do Pará, que iriam participar da etapa estadual dos Jogos dos Institutos Federais 2024 (JIF) em Tucuruí, na região sudeste do estado. O ônibus saiu da pista na rodovia PA-263 e colidiu contra um paredão de concreto da Usina Hidrelétrica de Tucuruí. Quatro pessoas morreram no acidente: duas servidoras, um estudante e o motorista.
Os jogos foram cancelados e o IFPA decretou luto de três dias na instituição.
As investigações
A Polícia Civil investiga o caso e já começou a coletar informações com os sobreviventes. Dois estudantes do ensino médio no IFPA prestaram depoimentos que podem ajudar a identificar a causa do acidente. Por se tratar de menores de idade, os depoimentos foram colhidos por meio da “Escuta Especializada”, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Os sobreviventes relataram que perceberam os problemas nos freios quando o ônibus passou por Moju, e o motorista teve dificuldades para acionar os freios. Eles também mencionaram que o veículo passou por lombadas em velocidade acima do recomendado, causando desconforto aos passageiros.