Dois homens e uma mulher, acusados de assassinar um jovem e abandonar seu corpo dentro de uma mala em Araguaína, no norte do estado, foram julgados pelo Tribunal do Júri. A vítima, Higor Pereira Gomes, de 20 anos, foi estrangulada e recebeu múltiplas facadas.

O corpo de Higor foi encontrado em uma rua em 20 de novembro de 2022. Na ocasião, os exames forenses revelaram que ele tinha pelo menos 14 ferimentos pelo corpo. Quando encontrado, sua cabeça e parte das pernas estavam expostas para fora da mala.

Os condenados pelo crime são Weverton Oliveira Gouveia, sentenciado a 25 anos e 11 meses de prisão; Pablo Oliveira de Sousa, que recebeu uma pena de 23 anos e nove meses de reclusão; e Karla Almeida Milhomem, que deverá cumprir 22 anos, oito meses e sete dias de prisão. O G1 tentou contato com a defesa do trio, mas não obteve resposta.

Segundo a denúncia do Ministério Público do Tocantins, o assassinato foi motivado por uma disputa entre facções criminosas rivais. Um quarto membro do grupo também teria participado do crime, porém ainda está foragido, de acordo com o MP.

As investigações revelaram que Higor foi levado para uma residência, onde foi amarrado e estrangulado com uma corda. Os réus o agrediram com chutes e socos, além de desferirem facadas em seu pescoço e costas.

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O julgamento ocorreu em Araguaína, na quarta-feira (24). Os jurados aceitaram as teses apresentadas pela promotoria, e os réus foram condenados por homicídio qualificado por motivo torpe, com o uso de tortura e de forma que impossibilitou a defesa de Higor. Também foram considerados culpados por organização criminosa, ocultação de cadáver e furto qualificado, já que o celular da vítima foi levado durante o crime.

Relembre o caso

O corpo de Higor foi encontrado dentro de uma mala na rua das Macieiras, Setor Araguaína Sul II, e a polícia foi acionada por volta das 23h20. A PM constatou sinais de violência no rosto e na cabeça do jovem.

Em 12 de dezembro de 2022, quatro pessoas, incluindo uma mulher e três homens, foram presas sob suspeita de envolvimento no assassinato. Na época, a Polícia Civil informou que a intenção do grupo era levar a mala com o corpo de Higor para a zona rural da cidade, mas acabaram deixando-a cair, e moradores da região encontraram a mala e alertaram a polícia.

Após as prisões, os então suspeitos foram encaminhados para a Unidade Penal de Araguaína. Com a condenação, agora deverão cumprir suas penas em regime fechado, sem direito a recurso em liberdade.