A polícia indiana confirmou, nesta terça-feira (5), a prisão dos oito suspeitos envolvidos no estupro coletivo da turista brasileira Fernanda Santos. Crime ocorreu no distrito de Dumka, no estado de Jharkhand, no nordeste do país, na última sexta-feira (1º). A influencer brasileira, que estava viajando de moto com seu marido, o espanhol Vicente Barbera, foi atacada por um grupo de criminosos enquanto o casal acampava durante a noite.

O superintendente da Polícia Nacional Indiana, Pitamber Singh Kherwar, confirmou que todos os membros do grupo foram presos e serão levados a julgamento. Os homens foram detidos em Dumka e conduzidos à delegacia de Hansdiha, próxima ao local do acampamento onde ocorreu o crime. A identidade e nacionalidade dos suspeitos ainda não foram divulgadas.

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Na Índia, crimes dessa natureza podem resultar em pena de morte, medida adotada pelo país em 2012 após um dos casos mais violentos e chocantes de estupro na história indiana. Naquele ano, uma jovem de 23 anos morreu após ser estuprada por seis homens em um ônibus em Nova Délhi, sendo agredida com uma haste metálica.

Embora tenha ocorrido uma reforma e endurecimento da lei, os casos de estupro continuam sendo recorrentes na Índia. Em 2022, outro caso gerou grande comoção nacional e internacional: uma menina de apenas 13 anos foi estuprada por um policial em uma delegacia do estado de Uttar Pradesh, onde havia ido denunciar um estupro anterior.

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O jornal “Times of India” reportou que menos de 24 horas após o estupro de Fernanda Santos, outra turista foi estuprada na mesma localidade onde ocorreu o crime.

Apesar disso, os registros de estupro na Índia são inferiores aos índices brasileiros. Em 2022, o governo indiano registrou cerca de 31.500 casos de estupro, enquanto o Brasil registrou 74.930 vítimas, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Relembre o caso

A influencer Fernanda e o marido Vicente viajavam de moto até o Nepal, mas decidiram acampar em Dumka e foram atacados pelo grupo durante a noite.

“Fernanda está pior do que eu. Eles me bateram com o capacete várias vezes e com uma pedra na cabeça. Graças a Deus ela estava vestindo a jaqueta [de motociclista] e isso amorteceu um pouco dos golpes”, relata Vicente Barbera.