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Um confusão ocorreu na madrugada desta segunda-feira (15) em Palmas, terminando em um policial militar da Paraíba sendo baleado em um bar. O suspeito de efetuar os disparos é um policial militar do Tocantins, que se apresentou na delegacia para esclarecimentos.
A Polícia Militar informou que foi acionada por volta das 3h30 para atender à ocorrência em um bar localizado na quadra 902 SUL. Ao chegar ao local, a vítima já havia sido socorrida por amigos e encaminhada ao Hospital Geral de Palmas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu após dar entrada na unidade.
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A vítima foi identificada como o soldado Max Barbosa da Nóbrega, de 33 anos, integrante do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da Paraíba, tendo ingressado na corporação em 2019. O suspeito de efetuar os disparos foi identificado como Antônio Ezequiel de Souza Santos, de 24 anos, aprovado no último concurso da PM do Tocantins e lotado no Batalhão de Choque.
Segundo o registro da ocorrência, Antônio Ezequiel alegou que quatro homens chegaram ao local e que ele foi agredido com um soco no rosto por um dos indivíduos, momento em que sacou sua pistola institucional e efetuou um disparo. Os outros presentes também sacaram suas armas.
Após o tumulto, Antônio Ezequiel afirmou que deixou o local e só posteriormente soube que os indivíduos eram policiais militares. Ele também alegou que não houve qualquer discussão anterior que motivasse a agressão do primeiro indivíduo e que não conhecia nenhum dos envolvidos. (Confira o depoimento do PM abaixo)
Por não se tratar de um crime militar, o caso será investigado na esfera civil, pela 1ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa de Palmas. No entanto, a PM está realizando uma investigação interna para apurar os fatos.
A Polícia Militar do Tocantins divulgou uma nota informando que tomou as medidas preliminares para a apuração interna do caso e está providenciando todo o apoio necessário à família da vítima, incluindo o traslado do corpo e demais assistências.
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Nas redes sociais, a Polícia Militar da Paraíba expressou seus sentimentos aos familiares e amigos da vítima, destacando sua dedicação exemplar à corporação.
Depoimento de PM Antônio
Antônio se apresentou à polícia e durante depoimento disse que quatro indivíduos chegaram e um deles lhe atacou com um soco no rosto.
“[…] quando um segundo indivíduo veio em sua direção para agredi-lo o comunicante sacou sua arma (pistola institucional) e efetuou um disparo contra ele. Sendo que na sequência os outros indivíduos sacaram suas armas e apontaram na direção do comunicante”, diz o relato feito à Polícia Civil.
Após a confusão Antônio Ezequiel saiu do local e disse que só depois soube que os indivíduos eram policiais militares. Ele também alegou que não houve qualquer discussão anterior que motivasse a agressão do primeiro indivíduo e que não conhecia nenhum dos envolvidos.
Ele é soldado e recebe cerca de R$ 6 mil, segundo levantamento do portal da transparência do Tocantins. Ele se apresentou na delegacia durante a manhã e depois de ser ouvido, foi liberado para responder em liberdade. O g1 pediu posicionamento da defesa dele, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.