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O pastor Davi Passamani foi preso em Goiânia na noite desta quinta-feira (4) por agentes da Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher. Ele é suspeito de envolvimento em crimes sexuais e começou ser investigado após a polícia receber duas denúncias de assédio. A informação foi confirmada pela defesa do pastor, que relatou que ele estava a caminho de um louvor quando foi conduzido à delegacia.
De acordo com o advogado Leandro Silva, informado verbalmente pela polícia, a prisão de Passamani teria sido motivada pela participação dele em eventos religiosos, pois isso poderia representar um risco à sociedade, levando à possibilidade de novas vítimas. Silva destacou que o inquérito policial aberto em 2023 relacionado à prisão apresenta informações vagas e genéricas.
A defesa afirmou ainda que tudo não passa de uma tentativa de difamação e um ataque ilegítimo ao patrimônio e à liberdade religiosa de Passamani. O advogado também declarou não ter conhecimento de qualquer ordem judicial que proíba o pastor de praticar suas atividades religiosas e afirmou que tomará medidas para garantir sua liberdade.
A última vítima registrou um boletim de ocorrência em dezembro de 2023, no qual relatou que o líder religioso enviou mensagens com teor sexual e descreveu fantasias eróticas. Passamani foi condenado, em março deste ano, a pagar uma indenização de R$ 50 mil por assédio. A vítima do processo alegou danos morais, e o valor será destinado a instituições de apoio a mulheres vítimas de violência.
Davi Passamani é o fundador da Igreja Casa, em Goiânia, e renunciou à presidência e ao cargo de líder religioso em dezembro de 2023, após ser acusado de importunação sexual por outra mulher.
Histórico de denúncias
Em março de 2020, uma jovem de 20 anos denunciou Passamani por importunação sexual nas redes sociais. A denúncia foi formalizada na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Goiânia e, posteriormente, encaminhada ao Ministério Público. De acordo com a jovem, o assédio teria ocorrido pouco mais de um ano antes da denúncia, mas ela não se sentiu segura para expor a situação imediatamente. Nas postagens, ela afirmou ter provas do ocorrido, como áudios, mensagens de texto e até mesmo um vídeo de uma chamada que o pastor teria feito.
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O advogado de Passamani na época declarou que ele havia sido afastado de suas funções religiosas para receber tratamento médico especializado. Passamani gravou um vídeo negando as acusações e mencionando o apoio psiquiátrico que buscava.
Um mês depois, o processo foi arquivado pela Justiça por falta de evidências. O caso segue em segredo de Justiça.
Em dezembro de 2023, outra vítima registrou um boletim de ocorrência relatando que o líder religioso enviou mensagens de teor sexual e descreveu fantasias eróticas, chegando até mesmo a fazer uma chamada de vídeo mostrando os órgãos genitais. A investigação sobre esse caso está em andamento sob sigilo.
Davi Passamani liderou o Ministério Ipiranga, vinculado à Igreja do Evangelho Quadrangular do Ipiranga, em São Paulo, por mais de 10 anos. Em 2010, deixou o grupo e, três anos depois, lançou seu primeiro álbum solo, seguido por mais cinco discos até 2018.
Resposta da defesa do pastor Passamani
A autoridade policial informou verbalmente à defesa de Davi Passamani que a prisão foi motivada pela participação dele em eventos religiosos, o que supostamente representaria um risco à sociedade e poderia resultar em novos casos de assédio. No entanto, a delegada se recusou a fornecer uma cópia da decisão judicial que embasou a prisão, apesar de confirmar sua existência.
Segundo a delegada, a prisão está relacionada a um inquérito policial iniciado no final de 2023 por suspeita de assédio. No entanto, embora o prazo de 30 dias para a conclusão do inquérito tenha expirado, as autoridades não o encerraram, possivelmente aguardando o momento oportuno para torná-lo público. A defesa considera as informações contidas neste inquérito vagas, lacunares e genéricas.
É importante ressaltar que Davi Passamani nunca foi condenado criminalmente por assédio sexual, e sua defesa nega veementemente as acusações. Acredita-se que tudo não passa de uma tentativa de difamação para arruinar sua imagem e prejudicar sua prática religiosa. No momento adequado, seus conspiradores serão identificados e suas ações serão expostas.
A defesa não tem conhecimento de qualquer ordem judicial que proíba Passamani de exercer suas atividades religiosas e reitera que não desobedeceu a nenhuma ordem judicial. Medidas serão tomadas para garantir sua liberdade.