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A Justiça determinou que o Instituto Médico Legal de Palmas (IML) repita o exame necroscópico do corpo de Carlos Augusto Silva Fraga, conhecido como Dad Charada, que faleceu no Presídio Barra da Grota, em Araguaína. O atestado de óbito inicial apontou “suicídio” como a causa da morte, mas a família acredita que ele tenha sido assassinado devido a ameaças que estaria recebendo.
O pedido para o novo exame foi feito pelo advogado da família. O juiz plantonista José Carlos Ferreira Machado justificou a necessidade do exame para evitar comprometimento de uma eventual investigação de homicídio.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que o exame necroscópico foi realizado pela unidade do IML em Araguaína, e o laudo será concluído em dez dias, seguindo os prazos do Código de Processo Penal. A pasta também informou que o local da morte foi periciado.
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Ministério Público deu parecer favorável ao pedido para o novo exame e o juiz determinou que o diretor do presídio preserve as imagens das câmeras de segurança da ala onde Charada foi encontrado morto, sob pena de multa diária de R$ 30 mil em caso de descumprimento.
A morte de Dad Charada ocorreu em uma cela do presídio, e embora haja evidências de suicídio, está sendo investigada pela 2ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Araguaína. Durante seu tempo na prisão, ele ficou em isolamento na ala monitorada em tempo integral.
Charada era apontado pela polícia como mandante de pelo menos 50 mortes em Palmas durante uma onda de violência na região. Ele era conhecido por sua ligação com grupos criminosos paulistas e recentemente declarou guerra à sua antiga facção, passando a integrar outra de origem carioca.