Interpol é acionada para prender 2 brasileiros no Líbano por planejamento de atos terroristas

Além deles, dois já foram presos no Brasil numa operação para desbaratar o grupo, suspeito de ligação com o grupo terrorista Hezbollah.

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A Interpol foi acionada para cumprir uma ordem de prisão contra dois brasileiros suspeitos de planejar atos de terrorismo no Brasil, enquanto estavam no Líbano. Ambos possuem cidadania brasileira e libanesa. A investigação da Polícia Federal (PF) teve início com informações de inteligência fornecidas por países estrangeiros.

Os nomes dos brasileiros com ordens de prisão no Brasil já constam na lista da Interpol. No entanto, devido à sua cidadania libanesa, eles não podem ser detidos no Líbano com mandados de prisão emitidos pela Justiça brasileira. A prisão só pode ocorrer caso eles deixem o território libanês para outro país ou retornem ao Brasil.

A Divisão Antiterrorismo da Polícia Federal em Brasília recebeu alertas de que brasileiros, alguns com antecedentes criminais, estavam sendo recrutados e contratados por líderes do Hezbollah no Líbano para planejar ataques no Brasil.

As investigações revelaram que alguns desses brasileiros viajaram recentemente para Beirute, onde se encontraram com representantes do Hezbollah. Eles discutiram valores pelo envolvimento em atividades terroristas, listas de alvos a serem atacados e o recrutamento de executores.

Um dos brasileiros foi detido no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) na noite de terça-feira, enquanto outro foi preso na quarta-feira, quando chegava de Santa Catarina. As ordens de prisão são temporárias, com validade de 30 dias.

Um delegado de Brasília, envolvido nas investigações, está a caminho de São Paulo para interrogar os detidos. Ainda não foi decidido se eles permanecerão em São Paulo ou serão transferidos para Brasília.

Nas operações desta quarta-feira (8), que também incluíram mandados cumpridos no Distrito Federal e em Minas Gerais, foram apreendidos celulares, computadores, agendas e anotações. As investigações indicam que os suspeitos no Brasil envolvidos com o Hezbollah estavam recrutando outros brasileiros para finalizar planos de atentados terroristas.

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