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O empresário e proprietário de imóveis, Francismar Fernandes da Silva, de 36 anos, foi preso nesta sexta-feira (19) sob suspeita de ter instalado uma câmera oculta no banheiro de uma residência que ele alugava para gravar indevidamente adolescentes e crianças nus. Ocorrência foi em Anápolis, em Goiás.
Segundo informações da Polícia Civil, em fevereiro deste ano, uma adolescente de 16 anos, que residia com sua família na propriedade alugada, surpreendeu o empresário dentro do banheiro da casa. Ao confrontá-lo, ele teria fornecido uma explicação e fugido do local. A adolescente ficou desconfiada e descobriu uma câmera escondida conectada à tomada do banheiro.
A investigação da Polícia Técnico-Científica confirmou a presença da câmera, que transmitia ao vivo as imagens capturadas no banheiro, além de armazenar os arquivos.
A delegada encarregada do caso, Aline Lopes, relatou que quatro dias após a mudança da família para a residência, Francismar apareceu no local alegando necessidade de recuperar um objeto do imóvel e posteriormente solicitou permissão para usar o banheiro. Embora tenha sido oferecido outro banheiro, ele insistiu em utilizar aquele específico, onde os moradores tomavam banho.
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“Acreditamos que foi nesse momento que ele instalou a câmera”, afirmou a delegada, acrescentando que duas semanas após o incidente, durante um período em que a adolescente estava sozinha em casa devido a um mal-estar que a impediu de ir à escola, ela ouviu o cachorro latindo na direção do banheiro. Esse fato a levou até o local, onde flagrou o empresário dentro do banheiro.
“Ele estava ciente da rotina da família. Escolheu esse horário porque acreditava que não haveria ninguém”, disse a investigadora.
As investigações indicam que a câmera permaneceu instalada por aproximadamente 15 dias, registrando os momentos de banho dos moradores, inclusive das crianças e adolescentes.
Além da prisão preventiva, foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência do suspeito, resultando na apreensão de vários dispositivos eletrônicos, que serão submetidos a investigação.
Segundo Lopes, o empresário poderá ser acusado de filmar cenas de nudez de crianças e adolescentes, bem como de invasão de domicílio: “Como a casa estava alugada, ele não tinha autorização para entrar lá. Isso configura invasão”.
A polícia descobriu que Francismar é proprietário de uma empresa de energia solar, o que lhe concedeu acesso ao interior de diversas residências, levando as autoridades a suspeitarem da possibilidade de existirem mais vítimas. Por isso, a Polícia Civil divulgou a imagem do suspeito na esperança de identificar outros possíveis crimes.