Caminhoneiro suspeito de causar acidente que matou quatro PMs em Goiás é preso

Para a Polícia Científica, motorista do caminhão invadiu contramão e bateu contra a viatura. Ele vai responder por homicídio culposo.

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O caminhoneiro envolvido no acidente fatal que vitimou quatro policiais militares do Comando de Operações de Divisas (COD) foi preso na BR-153, em Goiatuba, região sul de Goiás. Diego Michael Cardoso, 40 anos, enfrentará acusações por homicídio culposo na direção de veículo automotor, conforme o mandado de prisão.

A prisão aconteceu nesta sexta-feira (10). A perícia da Polícia Científica concluiu que o caminhoneiro invadiu a contramão e colidiu com a viatura na BR-364, em Cachoeira Alta, sudoeste de Goiás, resultando na morte dos quatro policiais do COD.

O acidente ocorreu na noite de 24 de abril. Os quatro militares, identificados como subtenente Gleidson Rosalen Abib, 1º sargento Liziano José Ribeiro Junior, 3º sargento Anderson Kimberly Dourado de Queiroz e cabo Diego Silva de Freitas, perderam a vida, enquanto o caminhoneiro sofreu ferimentos leves.

A Polícia Militar esclareceu que os policiais estavam em serviço e em deslocamento no momento da colisão. Os corpos foram velados e sepultados em 25 de abril, após um cortejo fúnebre.

A perícia analisou o local do acidente, avaliando as marcas de pneus para entender a dinâmica da colisão. Concluiu-se que o caminhão estava em velocidade entre 110 e 120 km/h, trafegando na contramão quando ocorreu a colisão. Indícios sugerem que a viatura tentou desviar para o acostamento, porém sem sucesso em evitar o choque.

O perito Itamar Junior destacou que o caminhão estava sobrecarregado e em velocidade superior ao limite da rodovia, estabelecido em 80 km/h. A carga de milho que transportava excedia em nove toneladas o peso permitido para a via.

“Temos evidências de que o caminhão estava a uma velocidade de 110 km/h, enquanto o limite era de 80 km/h. Ele começou a frear 30 metros antes do acidente. No entanto, quanto maior a velocidade e o peso, maior será a distância de parada do veículo”, explicou o perito, ressaltando como o excesso de velocidade e carga contribuíram para o trágico desfecho.