Vídeo: Adolescentes retiram corpo de túmulo em cemitério do PR e fazem piada nas redes sociais

Segundo a polícia, as adolescentes confirmaram autoria de vídeo que circula na web e alegaram que agiram por curiosidade. Caso foi encaminhado para a Vara da Infância e Juventude.

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Três adolescentes, com idades entre 14 e 17 anos, foram identificadas e ouvidas pela Polícia Civil do Paraná como suspeitas de cometer ato infracional análogo ao vilipêndio de cadáver. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra as jovens retirando um corpo de um túmulo e fazendo piada sobre ele.

Segundo a delegada Juliana Cordeiro, os agentes tomaram conhecimento do vídeo na última quinta-feira (20). No vídeo, as adolescentes aparecem ultrajando e zombando de uma ossada humana em um cemitério de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.

Vídeo:

A delegada explicou que a investigação foi concluída e encaminhada à Vara da Infância e Juventude de Piraquara para a aplicação de medidas socioeducativas. Ela informou que duas das adolescentes são irmãs e que o trio confirmou a autoria do vídeo.

As adolescentes alegaram que não arrombaram o túmulo, afirmando que ele já estava aberto, e que agiram por curiosidade. Elas relataram que o incidente ocorreu há mais de um mês e não souberam indicar de qual túmulo retiraram o corpo.

Os pais das três adolescentes foram informados sobre o ocorrido e intimados a comparecer à delegacia, onde receberam uma data para se apresentarem ao Ministério Público do Paraná (MP-PR).

O que é vilipêndio de cadáver

Vilipêndio de cadáver é um crime previsto no artigo 212 do Código Penal Brasileiro, definido como um crime contra o respeito aos mortos. A pena para este crime varia de um a três anos de reclusão.

“No Direito Penal temos as penas de detenção e reclusão, sendo as de reclusão mais graves. A pena do crime de vilipêndio é mais alta que a de injúria, calúnia e difamação, que são crimes que desrespeitam as pessoas que estão vivas. É como se a gente tutelasse de uma maneira ainda mais especial a honra dessas pessoas que não estão aqui para se defender”, explica a advogada Juliana Bertholdi.

*Com informações do G1