A Polícia Civil do Maranhão prendeu nesta quinta-feira (28) três suspeitos de envolvimento no assalto a um circo e no estupro de uma artista circense em Central do Maranhão, a 68 km de São Luís. O governador do estado, Carlos Brandão (PSB), confirmou a informação nas redes sociais.
Segundo a polícia, outros cinco suspeitos foram identificados e seguem foragidos. Entre eles está o autor do estupro, um adolescente de 17 anos identificado após retirar a máscara durante o crime, permitindo o reconhecimento pela vítima, a artista circense Camila Gomes.
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Segundo a vítima, o criminoso chegou a disparar contra ela durante o ataque, mas a bala não a atingiu.
“Ele me arrastou pelos cabelos e me levou para o trailer onde estava minha filha de 1 ano. Atirou em minha direção, mas errou. Estou tentando ser forte, mas o trauma é imenso”, relatou Camila nas redes sociais.
Ação Criminosa
O crime ocorreu por volta das 23h, cerca de 40 minutos após o término do espetáculo. Cinco homens armados invadiram o circo, agrediram familiares, roubaram dinheiro e pertences, e dois deles arrastaram Camila para um trailer, onde ocorreu o estupro. Entre as vítimas de agressão estão dois idosos, pais dos proprietários do circo, um deles com Alzheimer.
Por conta do trauma, o circo cancelou as apresentações restantes e decidiu deixar a cidade. Camila foi atendida na Delegacia de Cururupu e recebeu assistência médica em Pinheiro, onde está sendo medicada para prevenir infecções sexualmente transmissíveis e terá acompanhamento psicológico.
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Clamor por Justiça
A família, que é natural do Pará e estava em turnê pelo Maranhão, está devastada. Poliana Ostok, mãe de Camila e proprietária do circo, pediu justiça:
“Estamos indignados e revoltados. Nunca imaginamos passar por algo assim. Clamamos por justiça para que isso não aconteça com outras famílias.”
Reação das Autoridades
Autoridades locais condenaram o crime. O governador Carlos Brandão declarou que o sistema de segurança está focado na captura dos responsáveis. A Delegacia Especial da Mulher, a Casa da Mulher Brasileira e a Secretaria de Estado da Mulher (SEMU) estão prestando apoio às vítimas.
A SEMU emitiu uma nota de repúdio:
“Reforçamos nosso compromisso no combate à violência contra as mulheres e apelamos à sociedade para unir forças na construção de uma realidade mais justa e segura para todas.”