Três afogamentos são registrados no Tocantins no fim de semana; duas mortes foram em Porto Nacional

Vítimas ficaram desaparecidas e corpos foram encontrados por mergulhadores dos bombeiros.

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O Tocantins registrou três casos de afogamento durante o último final de semana. Segundo o Corpo de Bombeiros, as três vítimas não resistiram e acabaram morrendo após ficarem desaparecidas na água.

O primeiro afogamento ocorreu no sábado (25), no lago de Porto Nacional. Testemunhas disseram aos bombeiros que a vítima, Vanderlan Xavier da Silva, estava em um acampamento com mais três pessoas em uma ilha e ingeria bebidas alcoólicas. Durante a madrugada ele entrou na água e desapareceu.

Os socorristas encontraram o corpo por volta das 17h, após 3 minutos de busca no local indicado. A vítima estava a uma profundidade de 1,2 metros e 2 metros da margem do lago.

O outro caso também foi registrado no sábado, Antônio Gomes da Silva pescava, no rio Murici em Muricilándia, no norte do estado, quando a embarcação virou e ele não foi mais visto. A vítima tinha 60 anos.

Já no domingo (26) Lucas de Sousa Alves morreu ao tentar fazer travessia do córrego Móia com amigos. O caso foi no distrito de Luzimangues, em Porto Nacional. O rapaz foi encontrada horas depois a cerca de 4 metros de profundidade e 50 metros da margem do córrego.

Em todos os casos equipes da Polícia Científica foram chamadas e os corpos foram levados para Institutos Médicos Legais.

Lucas Souza – Foto: Reprodução

Mortes por afogamento

Com os novos casos, o número de óbitos por afogamento este ano no estado subiu para 41, número superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Segundo os dados do Corpo de Bombeiros, até o final do mês de julho de 2019 tinham sido registradas 33 mortes. Em todo o ano 57 pessoas morreram afogadas.

Recomendações

Os dados do Corpo de Bombeiros apontam que do total de casos de afogamento de janeiro a julho deste ano, 83% das vítimas eram homens. Dos 41 mortos, 72% sabia nadar.

Os bombeiros explicam que os casos sempre aumentam no mês de julho, época em que os moradores costumam frequentar praias e fazer acampamentos com amigos e familiares. Neste ano o número cresce mesmo com a suspensão da temporada e festividades por causa da pandemia do novo coronavírus.

A atenção deve ser ainda maior com as crianças. Quem ingeriu bebidas alcoólicas não deve entrar na água para nadar. Em alguns casos, cordas, galhadas e alguns objetos flutuantes, como caixas-térmicas e garrafas pets, podem ser usados para socorrer vítimas, desde que o ajudante esteja em local seguro.

Em caso de afogamento o Corpo de Bombeiros deve ser chamado. O número de emergência é o 193.

Foto: Divulgação/Bombeiros
Perfil das vítimas de afogamento em 2020
  • Masculino – 83%
  • Sabiam nadar – 72%
  • Correntezas – 63%
  • Rios – 62%
  • Distância da margem maior que 5 metros – 48%
  • Profundidade maior que 2 metros – 39%
  • Alcoolizados – 38%
  • Pescando – 29%
  • Embarcados – 25%
  • Pós-alimentação – 24%
  • Noturno – 23%
  • Comportamento de risco – 22%
  • Crianças – 18%
  • Acampamentos – 17%
  • Epiléticos – 14%
  • Transtorno mental – 13%
  • Praia oficial – 4%