Testemunhas do assassinato de médico dentro de posto de saúde começam ser ouvidas pela Justiça

Audiência foi dividida em dois dias. O acusado do crime, Hanilton Bosso Araújo, segue preso na casa de prisão provisória de Porto Nacional.

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A Justiça começou a ouvir as testemunhas do assassinato do médico Ricardo Maciel Catuladeira Miranda nesta terça-feira (23). O profissional foi morto dentro de um posto de saúde em Santa Rosa do Tocantins enquanto trabalhava. O acusado do crime, Hanilton Bosso Araújo, segue preso na casa de prisão provisória de Porto Nacional.

Ao fim desta audiência, que será realizada em formato virtual e por causa da quantidade de testemunhas vai ser dividida em dois dias, o juiz deverá decidir se ele deve ir a julgamento e de que forma isso vai acontecer.

Nesta terça foram ouvidas as testemunhas indicadas pelo Ministério Público do Tocantins, que é responsável pela acusação. O trabalho deve ser retomado no dia 10 de março, quando serão interrogadas as testemunhas indicadas pelos advogados de defesa de Hanilton.

Foto: Divulgação

O Ministério Público quer que a condenação seja por homicídio doloso triplamente qualificado. As qualificações seriam motivo torpe, emprego de meio cruel e do uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. A denúncia é assinada pelo promotor André Ricardo Fonseca Carvalho.

A Polícia Civil concluiu que o assassinato foi motivado por ciúmes. “O suposto autor teria ciúmes da sua esposa com relação à vitima, que é o médico. Ela já trabalhou na unidade, mas está afastada do serviço há algum tempo”, contou o delegado Joadelson Albuquerque em dezembro de 2020, logo após a prisão de Hanilton Bosso.

Imagens do circuito de interno de segurança mostram o momento em que o suspeito fugiu do local com as pernas e pés ensanguentados. No momento do crime tinham vários pacientes na sala de espera.

Em seguida, o suspeito aparece deixando o local com as pernas e pés ensanguentados. Ele não conseguiu ligar a moto e fugiu a pé empurrando o veículo, deixando os chinelos para trás.

O crime aconteceu no dia 1º de dezembro e e chocou a população da pequena cidade com pouco mais de 4,5 mil habitantes. Hanilton foi localizado e preso no dia seguinte ao crime, em uma região de mata na cidade vizinha, Silvanópolis.