Suspeito de matar professor em Palmas teria tomado uma lata de cerveja na casa da vítima após crime

Homem de 30 anos foi preso e contou à policia detalhes sobre a morte de Carlos Henrique de Sousa Luz, de 45 anos. Vítima lecionava em escola de Luzimangues, distrito de Porto Nacional.

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A Polícia Civil ainda tenta esclarecer as circunstâncias do assassinado do professor Carlos Henrique de Sousa Luz, de 45 anos, mas um dos detalhes foi divulgado pela corporação nesta sexta-feira (28). A informação é de que o principal suspeito teria tomado uma latinha de cerveja logo depois de esfaquear mais de 30 vezes a vítima, na casa onde aconteceu o crime.

O mandado de prisão temporária foi cumprido contra Tiago Moreira, de 30 anos, durante a tarde desta sexta. Ele estava trabalhando como pintor em um estabelecimento comercial da região central de Palmas quando foi localizado pelos policiais.

Na delegacia, Tiago contou que encontrou Carlos e a esposa em um bar. Depois de beberem e usarem drogas, ele foi convidado para ir para casa do casal, na ACSU-SE 120 (1.102 Sul), onde aconteceu o homicídio, na madrugada de segunda-feira (24). O corpo foi encontrado de bruços, sem roupas e escondido embaixo de materiais de construção.

O convite também incluía que o suspeito tivesse relação sexual com a esposa do professor, que posteriormente se recusou. No relato, Tiago disse ainda que teve relação sexual com Carlos, mas que quis parar. A vítima não aceitou e eles começaram uma briga. Na confusão, o suspeito teria encontrado uma faca e golpeado o professor várias vezes.

Para a Polícia Civil, ele disse ainda que depois de matar Carlos, teria bebido na presença da esposa da vítima, que foi informada sobre o que aconteceu.

“Antes dele ir, não sei em qual situação, ainda fez uso de bebida alcoólica. Ele foi com a mão cheia de sangue, após matar o Carlos, ficaram os dois na residência [Tiago e a esposa da vítima], abriram uma latinha de cerveja, e o Tiago tomou uma latinha de cerveja lá, após o crime”, explicou o delegado Ismael Andrade, da 1º Delegacia de Homicídios da capital, citando que a motivação do crime seria um possível ‘desacerto sexual’.

Depois de prestar depoimento, ele levou os policiais até uma casa na Arse 91 (904 Sul), para onde foi depois do crime. Segundo o delegado, Tiago teria queimado as roupas que usava em um terreno nas proximidades e mostrou onde ficava o local.

A investigação deve continuar para saber se a mulher do professor ouviu o marido pedir socorro, mas a princípio ela não é considerada suspeita de participar do crime.

O crime

Carlos Henrique era professor na Escola Estadual Beira Rio, em Luzimangues, distrito de Porto Nacional. De acordo com a família, ele e a esposa teriam passado a noite em um bar até que foram para casa. Chegando na residência, eles teriam ido dormir mas, no meio da noite, a esposa teria acordado com os gritos do marido. A polícia e perícia foram chamadas.

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Professor Carlos Henrique de Sousa Luz – Foto: Divulgação

As aulas na unidade foram suspensas nesta segunda-feira (24). O perfil da escola publicou uma nota lamentando a morte.

Carlos Henrique era considerado pela escola como um ‘professor excepcional’. O diretor da escola, Emerson Nogueira de Carvalho, lamentou o acontecido e se solidarizou com a família e amigos próximos em um momento de extrema tristeza.

O professor foi enterrado na manhã de terça-feira (25), no cemitério Jardim da Paz, em Palmas.