O Hospital infantil de Palmas encontra-se superlotado nessa sexta-feira (1º). A informações foi confirmada pela Secretaria da Saúde do Tocantins que orientou aos pais de crianças com doenças de menor gravidade procurarem as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e Unidades Básicas de Saúde (UBS)
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Durante o dia, uma médica chegou a manifestar que o hospital infantil não tem condições de admitir novos paciente por causa de problemas como a falta de profissionais, falta de estrutura física e déficit na cobertura da escala de assistência pediátrica.
Devido a situação, a pediatra registrou a ocorrência na delegacia. A Defensoria Pública informou que só um profissional está atendendo a unidade após os médicos abandonarem o serviço.
Conforme a Secretaria, 10 médicos que possuem contratos da unidade pediram demissão e orientou à população que “só procurem o Hospital Infantil em casos extremos”.
A secretaria informou ainda que está fazendo o remanejamento de médicos efetivos para suprir as demandas do Pronto Socorro. A Pasta afirmou que a redistribuição dos profissionais ocorrerá de forma a não prejudicar o atendimento nas demais unidades da rede Estadual de Saúde.
Porto Nacional
Em Porto Nacional, a UPA ficou super lotada após a demissão em massa dos médicos do Hospital Regional da cidade e a direção da unidade anunciar que fecharia o pronto socorro por tempo indeterminado.
Segundo a Secretaria Municipal de Porto Nacional, a UPA que é administrada pela prefeitura, subiu em 300% a demanda de atendimento de pacientes na cidade. A unidade está superlotada, chegando a atender 10 mil pessoas a mais, o que faz também aumentar as despesas do município.
O governo do estado afirmou que o problema piorou após a solicitação de exoneração dos profissionais. Segundo a Secretaria, eles estão deixando a unidade sem assistência e descumprindo uma cláusula contratual.
Segundo a secretaria, a superlotação tem relação com o período do ano em que as doenças respiratórias em crianças e o alto índice de casos confirmados de dengue.
Entenda
Os médicos do Hospital Infantil de Palmas, assim como os do Hospital Regional de Porto Nacional, pediram exoneração, conforme comunicado enviado à Secretaria Estadual da Saúde foi divulgado na terça-feira (26). Segundo os profissionais, o ato, em caráter conjunto, se deve pela carga horária inadequada e a falta de condições necessária de trabalho e de medicamentos.
Funcionários do Hospital de Porto informaram que os médicos cumpririam somente o expediente desta quarta-feira (27). No documento enviado a Secretaria Estadual da Saúde, os profissionais informam que a pasta já havia sido avisada sobre a decisão no dia 28 de janeiro.
Após a demissão dos médicos, o diretor técnico do Hospital Regional de Porto Nacional, Astério Souza Magalhães Filho, decidiu fechar o pronto socorro da unidade. A medida estava prevista para começar na sesta sexta-feira (1º).
Juiz manda médicos retornarem ao trabalho
Uma decisão, proferida pelo juiz Roniclay Alves de Morais, da 2ª Vara da Fazenda e Registros Públicos de Palmas, determina que os médicos que apresentaram pedido de demissão no Hospital Regional de Porto Nacional devem cumprir aviso prévio de 30 dias.
O juiz entendeu que o comunicado apresentado por profissionais no último dia 28 de janeiro não servia como pedido de demissão porque não tinha a data de recebimento por parte dos responsáveis pelo hospital. d
A decisão se aplica também a todas as unidades hospitalares da rede pública que estiverem passando por situação semelhante. Ele ordenou que os médicos voltem aos postos de trabalho em 24 horas.
Em caso de descumprimento, cada profissional pode ter que pagar uma multa diária de R$ 1 mil, até o limite de R$ 20 mil, para o governo do estado.
O pedido foi feito pelo governo do estado contra 77 médicos que apresentaram pedidos semelhantes. A decisão cabe recurso.