A Polícia Civil concluiu inquérito e indicou duas pessoas pelo homicídio ocorrido dentro de Hospital Regional de Porto Nacional. O crime aconteceu no dia 28 de dezembro de 2020. Na ocasião, os dois indivíduos teriam invadido a unidade de saúde e executado um paciente que estava no local para receber atendimento médico.

O inquérito foi concluído nesta quarta-feira (4), e os indiciados, que não tiveram os nomes divulgados tem 20 e 27 anos. Segundo as investigações, o paciente assassinado recebia atendimento no hospital após ter sido vítima de um atentado no dia anterior ao homicídio, em Brejinho de Nazar.

De acordo com a o delegado-chefe da 7ª Divisão de Combate ao Crime Organizado (DEIC), de Porto Nacional, Túlio Pereira Motta, os dois indivíduos foram reconhecidos por testemunhas que estavam no hospital e os apontaram como sendo os autores do crime. “Nossas investigações apontaram que o crime teria sido cometido em virtude de um desentendimento entre a vítima e um dos autores, quando ambos estavam presos na Casa de Prisão Provisória de Porto Nacional”, ressaltou.

Com a conclusão das investigações, os dois indivíduos vão responder pelo crime de homicídio qualificado e, se condenados, podem pegar uma pena de reclusão de até 30 anos de prisão. A polícia ressaltou que o indiciado de 27 anos 27 anos já se encontra preso pela prática de outros crimes e agora também responderá pelo homicídio praticado no hospital.

Entenda
Segundo as investigações, a a vítima foi baleada no dia 27 de dezembro de 2020, quando estava na frente da casada sua mãe em Brejinho de Nazaré. Socorrido, o homem foi levado para o Hospital em Porto Nacional. No dia seguinte, por volta das 12h, os dois indiciados, usando capacetes, invadiram a unidade hospitalar e assassinaram a vítima com ao menos quatro disparos de arma de fogo que atingiram o peito e a cabeça.

O crime que teve muita repercussão em todo o estado e chamou a atenção pelo fato das unidades de saúde do estado ainda não possuir serviço de segurança interna.

Na época, a equipe profissional do Hospital Regional de Porto Nacional protestou após homens armados invadirem a unidade e executarem a tiros um paciente. Os funcionários pediam mais segurança no hospital e relataram que esta não é a primeira situação de violência que eles presenciam no trabalho.

Segundo os funcionários, furtos são constantes, assim como casos de violência verbal contra a equipe. No começo do mês, uma funcionária foi agredida fisicamente pelo acompanhante de um paciente no local.

Durante o protesto a equipe utilizou camisetas pretas com a frase ‘amanhã pode ser tarde, segurança já!’ Na parte da frente. Atrás, a roupa tinha os dizerem ‘HRPN de luto’.