PMs presos em investigação sobre tortura e sequestro são liberados pela Justiça

Crimes teriam acontecido no contexto de um conflito agrário em que dois grupos disputam a propriedade de uma fazenda sudeste do Tocantins.

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Três policiais militares que foram presos por envolvimento em crimes de tortura, sequestro e cárcere privado relacionados a conflitos agrários e grilagem de terras, foram liberados pela Justiça nesta segunda-feira (19).

Os PMs Artur Figueiredo Pinto, Pablo Rogério Monteiro Parente e Marlo Soares Parente, que estiveram sob custódia desde março de 2023 em um batalhão da Polícia Militar em Palmas, terão permissão para retornar ao trabalho, porém em funções administrativas, conforme informado pela corporação.

O advogado Indiano Soares expressou confiança na inocência dos clientes, ressaltando que estavam detidos por um longo período sem julgamento e destacou que o juiz acatou o pedido de liberdade, considerando o excesso de prazo para a prisão sem realização da audiência de instrução e julgamento.

O juiz Rodrigo da Silva Perez Araújo determinou que, embora estejam em liberdade, os PMs devem cumprir medidas cautelares, tais como comparecimento mensal ao juízo local, proibição de sair da comarca sem autorização judicial, suspensão do porte e posse de armas de fogo, entre outras.

Entenda

Os policiais foram presos durante a operação Loteamentos Gerais, em março de 2023, sob alegações de envolvimento em crimes ligados à disputa por uma propriedade rural em Rio da Conceição, no sudeste do estado.

A investigação da Polícia Civil apontou a existência de dois grupos rivais disputando a área, cujo conflito resultou em episódios de violência, incluindo tortura, sequestro e danos materiais. A situação continua sendo monitorada pela Corregedoria da Polícia Militar do Tocantins.

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