PF faz operação para investiga fraude em financiamentos no Banco da Amazônia

Mandados foram cumpridos em cidades do TO e MG. PF investiga compra fictícia de gado para dar aparência de legalidade aos empréstimos. Um funcionário da agência de Paraíso do Tocantins foi afastado pela Justiça.

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Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (7). uma operação para investigar alegadas fraudes na concessão de financiamentos rurais pela agência do Banco da Amazônia em Paraíso do Tocantins. Batizada de ‘Bois de Papel’, a ação refere-se ao suposto esquema em que os envolvidos teriam simulado a compra de gado para dar uma aparência de legitimidade aos financiamentos.

Ao todo, são cumpridos 18 mandados de busca e apreensão nas cidades de Paraíso do Tocantins (TO), Palmas (TO), Nova Rosalândia (TO), Ituiutaba (MG) e Araguari (MG). As ordens judiciais foram emitidas pelo Juízo da 4ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Tocantins.

Além das buscas, a polícia também está executando ordens de afastamento de funcionários de seus cargos públicos, bem como o bloqueio e a indisponibilidade de bens e valores dos envolvidos, até o montante de R$ 3.962.152,13.

De acordo com a Polícia Federal, os suspeitos teriam operado por meio de artifícios fraudulentos para conseguir financiamentos com recursos do Fundo Constitucional do Norte (FNO) e desviá-los para finalidades não autorizadas.

Foi identificado que funcionários públicos do Banco da Amazônia teriam direcionado a concessão dos financiamentos para favorecer determinados projetistas envolvidos no esquema. O modus operandi do grupo também envolvia a emissão de Guias de Transporte de Animal Vivo falsas, simulando transações de compra e venda de gado bovino que nunca ocorreram de fato.

Existem evidências de que os suspeitos teriam atuado na agência em questão entre os anos de 2014 e 2021, período em que foram concedidos cerca de R$ 94 milhões em financiamentos para essa finalidade. Portanto, a operação busca determinar se outras fraudes semelhantes foram perpetradas.

Os investigados podem ser acusados de crimes financeiros, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa, cujas penas somadas podem ultrapassar 36 anos de prisão.

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