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Maria Renata, de 43 anos, e Kaio Rodrigues, de 20 anos, foram formalmente acusados de homicídio e duas tentativas de homicídio, após atacarem três adolescentes na entrada de uma escola em Anápolis, em Goipas. Na confusão, um jovem de 14 anos foi morto, enquanto outros dois, de 12 e 15 anos, foram gravemente feridos e hospitalizados.
O advogado de defesa de mãe e filho, Hernei José Vieira Alves, afirmou que os acusados “não saíram de casa com a intenção deliberada de ferir aqueles jovens”. Segundo ele, os filhos têm sido alvo de represálias desde novembro.
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A defesa alega que a briga tinha como alvo principal o filho mais novo de Maria Renata. O pai do adolescente o levou à escola, e Maria e Kaio foram buscá-lo. “As tensões se exaltaram, provavelmente devido a uma discussão ou medo, e infelizmente culminaram na tragédia que vimos”, declarou o advogado.
O inquérito foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário na quinta-feira (29). Segundo o delegado Wllisses Valentim, os crimes foram considerados qualificados pelo uso de uma faca, o que impossibilitou a defesa das vítimas. Além disso, Maria Renata foi acusada de corrupção de menores.
O outro filho de Maria Renata, de 15 anos, também estava envolvido na briga e, segundo o delegado, “agiu em conluio com os acusados”. Ele está internado sob a guarda da Vara da Infância e Juventude, e sua conduta está sendo avaliada em um procedimento policial na Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais, em Anápolis.
As imagens das câmeras de segurança mostram o momento em que a família suspeita se aproxima de um grupo de adolescentes, desencadeando uma briga generalizada. Maria Renata e seu filho mais velho, Kaio, atacaram os jovens com um martelo e uma faca, respectivamente.
Em comunicado, o delegado afirmou que “as imagens, embora fortes, permitiram uma identificação precisa das ações dos envolvidos”. Ambos foram presos em flagrante no dia do crime, terça-feira (20), e tiveram sua prisão convertida em preventiva na quinta-feira (22).
Durante a investigação, dezenas de testemunhas presenciais, familiares das vítimas, funcionários da instituição de ensino e os dois adolescentes sobreviventes foram ouvidos. Um dos adolescentes, de 15 anos, sofreu graves lesões, perdendo parte de seus órgãos internos, incluindo o intestino, o baço e um rim devido ao golpe de faca.
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Relembre o caso
Na terça-feira (20), três adolescentes foram atacados na entrada do Colégio Estadual Leiny Lopes de Souza, em Anápolis. Um adolescente de 14 anos faleceu no local, outro de 13 anos foi hospitalizado e submetido a uma cirurgia, mas faleceu no dia seguinte. A terceira vítima, de 15 anos, recebeu alta na manhã de quinta-feira (29), após perder parte de seus órgãos internos devido ao golpe de faca.
Segundo o delegado Wllisses Valentim, a confusão começou durante uma transmissão ao vivo na noite anterior, enquanto os adolescentes jogavam Free Fire. Durante a transmissão, houve uma discussão entre os adolescentes, que resultou no agendamento de uma briga na entrada da escola.
A mãe de um dos adolescentes, de 15 anos, ligou para a Polícia Militar relatando que seu filho estava sendo ameaçado na escola. Em seguida, ela e seu filho mais velho, de 20 anos, foram ao local com um martelo e uma faca, respectivamente.
As imagens das câmeras de segurança mostram o momento em que um grupo de alunos está reunido em uma calçada próxima à escola, quando os suspeitos se aproximam. Os filhos da mulher se envolvem em uma discussão com outros adolescentes, desencadeando uma briga generalizada.
Nas imagens, a mulher é vista ameaçando os jovens com o martelo e chegando a atingi-los. Segundo a Polícia Civil, seu filho de 20 anos atingiu três alunos com uma faca. A mulher, de 43 anos, e seu filho foram presos ainda na terça-feira (20). O outro filho dela, de 15 anos, foi apreendido.
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc) informou que a briga ocorreu fora do ambiente escolar e por motivações pessoais. Disse ainda que a Superintendência de Segurança Escolar e Colégio Militar da Seduc se deslocou ao local para acompanhar o ocorrido, e que o Núcleo de Saúde e Segurança do Servidor e do Estudante da Seduc já acompanha o caso. Por fim, lamentou o ocorrido e disse que existem esforços para “promoção de uma cultura da paz”.