O Hospital de Referência de Dianópolis, que atende oito municípios da região sudeste do Tocantins, está sem nenhum médico para atendimentos de emergência há cinco dias.A informação é do Ministério Público do Tocantins. Órgão entrou com um pedido na Justiça para que o estado seja obrigado a regularizar os plantões.
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Um levantamento feito pelos promotores durante uma inspeção indicou que dos 10 médicos que trabalham na unidade, cinco estão afastados e outros quatro atendem somente a especialidades. Segundo os promotores, apenas um médico segue atendendo casos emergenciais, mas ele não foi na unidade ao longo da semana.
O MP informou ainda que nesta sexta-feira (31) um paciente com asma crônica não conseguiu atendimento no local, mesmo com os exames indicando que o pulmão dele está com 85% de saturação. Ele também não conseguiu entrar na regulação estadual para ser transferido para outra unidade de saúde.
Os hospitais de alta complexidade mais próximos de Dianópolis são o Regional de Porto Nacional, o Geral de Palmas e o Hospital do Oeste, em Barreiras (BA). A ação na Justiça foi aberta pela promotora Luma Gomides.
Por meio de nota, o Governo do Tocantins informou que a unidade de Dianópolis, como outras unidades do Estado, está com déficit de servidores devido as confirmações de casos de Covid-19. A Secretaria de Estado da Saúde disse que está trabalhando para repor estes profissionais e cobrir as escalas o mais breve possível.
A Secretaria da Saúde disse que trabalha com toda rede de hospitais públicos e leitos contratados na rede privada para garantir o atendimento da população do Tocantins. Informou também que se necessário transferências podem ocorrer. A nota não explica porque o paciente com o pulmão comprometido em Dianópolis não conseguiu a transferência.