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Diversos desvios de dinheiro identificados em uma agência bancária de Augustinópolis, na região do Bico do Papagaio, no norte do estado, levaram a Polícia Civil a investigar a gerente local. Ela teria furtado quase R$ 250 mil em um período de mais de dois anos e, por isso, foi indiciada nesta quarta-feira (22).
Segundo a investigação, a mulher de 34 anos começou a fazer pequenos desvios do dinheiro que abastecia os terminais de autoatendimento da agência em 2019. Como gerenciava a tesouraria e fazia a conferência de numerário da agência, ela lançava no sistema um valor que seria destinado a determinado caixa eletrônico. Na realidade, inseria um valor menor na máquina e ficava com a diferença. Após o esquema, ela ainda registrava que a contagem do dinheiro era a mesma que constava no sistema, mascarando assim a fraude.
Descoberta das Irregularidades
As irregularidades foram descobertas quando a suspeita saiu de férias. A pessoa que a substituiu fez uma conferência na agência e percebeu que faltava muito dinheiro na tesouraria. Uma auditoria interna revelou um desfalque de R$ 245.990,00. A Polícia Civil foi acionada para investigar o caso, e a gerente foi afastada das funções e posteriormente demitida do banco.
Detalhes da Investigação
De acordo com o delegado Jacson Wutke, responsável pelo caso, os desvios de dinheiro aconteceram até o dia 6 de dezembro de 2021. A 13ª Delegacia de Polícia instaurou inquérito policial para apurar a fraude. Durante os trabalhos dos agentes, foi pedido o afastamento do sigilo bancário e fiscal, autorizado pela Vara Criminal da Comarca de Augustinópolis.
Movimentações Atípicas
Ao analisar as contas da mulher, a polícia identificou várias movimentações atípicas em instituições bancárias. Os valores não eram compatíveis com a remuneração mensal da gerente. “Por exemplo, em todos os meses eram realizados depósitos em espécie em outros bancos que chegavam a superar o triplo da sua remuneração comprovada, com a posterior pulverização do valor com transações menores para outras contas que chegaram a três mil operações por mês”, disse Jacson Wutke.
Indiciamento
Com a conclusão do inquérito, a mulher foi indiciada pelos crimes de furto qualificado pelo abuso de confiança e emprego de fraude em pelo menos 27 ocasiões. O documento foi enviado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público Estadual (MPTO), que decidirão se ela será denunciada.