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O juiz Igor Itapary Pinheiro ordenou a libertação de Edmilson Vieira das Virgens, ex-secretário, na sexta-feira (11). Ele havia sido preso em flagrante pela Polícia Federal um dia antes, em 10 de agosto, sob suspeita de lavagem de dinheiro. O ex-secretário pagou uma fiança de R$ 120 mil e o juiz estabeleceu medidas cautelares.
Segundo a denúncia, o apartamento onde foram encontrados R$ 3,6 milhões em dinheiro e quase 4 kg de joias, alugado na Arne 64, estava registrado em nome de primo dele que afirmou ser motorista de ônibus com renda mensal de R$ 2 mil. Ele é residente em Brasília e chegou a Palmas um dia antes da operação, vindo de ônibus.
De acordo com a decisão judicial, há suspeitas de que Vieira usou dados bancários de seu primo para transferir R$ 180 mil a terceiros, a fim de manter em sigilo a propriedade do apartamento.
O ex-secretário foi detido em sua residência, onde também foram apreendidos R$ 44 mil em dinheiro e pedras preciosas. A Polícia Federal interpreta esses itens como indícios de atividades ilícitas, considerando que representam bens sem origem declarada e incompatíveis com a renda mensal de Vieira, que era de R$ 40 a R$ 50 mil enquanto ocupava o cargo na prefeitura.
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A decisão também estabeleceu medidas cautelares que incluem seu afastamento do cargo, proibição de entrar em qualquer secretaria municipal da capital, assim como de acessar o apartamento na Arne 64. Além disso, ele está impedido de se comunicar com seu primo e a ex-secretária Executiva da Semed, Fernanda Rodrigues.
A defesa de Edmilson Vieira disse que não irá se pronunciar sobre a investigação, pois ainda está tomando conhecimento dos detalhes.
A investigação
Ainda não há informação sobre a origem do dinheiro encontrado ou qual a participação do então secretário nos supostos atos de corrupção. Apesar disso, a operação que ele foi alvo investiga a compra de kits pedagógicos para escolas municipais.
O contrato no valor de R$ 14,9 milhões é alvo porque foi feito sem licitação. Além disso, a polícia também suspeita que houve suposto pagamento de propina para agentes públicos.
Segundo a polícia, Edmilson Vieira tinha estreita relação com Fernanda Silva e teria indicado ela ao cargo de secretária executiva da Educação para viabilizar o recebimento de propina. A defesa dela ainda não foi encontrada para se manifestar.
Fernanda, conforme a investigação, foi responsável por toda a contratação da empresa que forneceu os kits pedagógicos. O pagamento foi feito com dinheiro do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
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