Desemprego no Brasil cai a 7,6% no trimestre terminado em outubro, diz IBGE

População desocupada chegou a 8,3 milhões de pessoas. Já a população ocupada é recorde da série histórica iniciada em 2012, com 100,2 milhões de trabalhadores.

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A taxa de desemprego no Brasil atingiu 7,6% no trimestre móvel encerrado em outubro, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (30).

Comparado ao trimestre anterior, de maio a julho, houve uma redução de 0,3 ponto percentual (7,9%) na taxa de desocupação. Em relação ao mesmo trimestre de 2022, quando a taxa era de 8,3%, observa-se uma queda. A taxa trimestral é a mais baixa desde fevereiro de 2015, quando atingiu 7,5%.

Neste trimestre, o número absoluto de desocupados diminuiu em 3,1%, totalizando 8,3 milhões de pessoas. Este é o menor contingente de desocupados em números absolutos desde o trimestre móvel encerrado em abril de 2015.

Comparando com o trimestre anterior, há uma redução de 261 mil pessoas no contingente de desocupados. Em relação ao mesmo período de 2022, a queda é de 8,5%, equivalente a 763 mil trabalhadores.

No trimestre, a população ocupada cresceu 0,9%, alcançando um recorde de 100,2 milhões de pessoas, o maior número desde o início da série histórica em 2012. No ano, o aumento foi de 0,5%, representando mais 545 mil pessoas ocupadas.

O percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, conhecido como nível de ocupação, foi estimado em 57,2%, com um aumento de 0,4 ponto percentual no trimestre. Em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior, houve estabilidade.

Principais destaques da pesquisa:

  • Taxa de desocupação: 7,6%
  • População desocupada: 8,3 milhões de pessoas
  • População ocupada: 100,2 milhões
  • População fora da força de trabalho: 66,6 milhões
  • População desalentada: 3,4 milhões
  • Empregados com carteira assinada: 37,6 milhões
  • Empregados sem carteira assinada: 13,3 milhões
  • Trabalhadores por conta própria: 25,6 milhões
  • Trabalhadores domésticos: 5,8 milhões
  • Trabalhadores informais: 39,2 milhões
  • Taxa de informalidade: 39,1%

A carteira assinada apresentou um aumento significativo, atingindo 37,6 milhões de trabalhadores no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos), o maior contingente desde junho de 2014. Houve um acréscimo de 1,7%, representando 620 mil pessoas a mais com carteira assinada em relação ao trimestre anterior. No período encerrado em outubro, o aumento foi de 992 mil empregados com carteira em comparação ao ano passado.

Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, destacou que grande parte do aumento na população ocupada veio de empregos formais, com cerca de 600 mil provenientes de carteira assinada. Ela observou que o mercado de trabalho tem se recuperado, especialmente no segmento formal, desde o pós-pandemia.

Além disso, o número de trabalhadores por conta própria também registrou melhora, atingindo 25,6 milhões no trimestre encerrado em outubro, um aumento de 1,3% em comparação ao trimestre anterior.

Outros segmentos, como empregados sem carteira no setor privado, trabalhadores domésticos, empregadores e empregados no setor público, permaneceram estáveis no trimestre e em comparação ao mesmo período do ano anterior.

A taxa de subutilização, que considera desocupados, quem poderia trabalhar mais e quem não quer trabalhar em relação ao total da força de trabalho, apresentou uma queda, totalizando 20 milhões de pessoas subutilizadas, resultando em uma taxa de 17,5%. Este é o menor índice desde o trimestre móvel encerrado em dezembro de 2015.

O rendimento real habitual teve um aumento de 1,7% em relação ao trimestre anterior, alcançando R$ 2.999. No acumulado do ano, o crescimento foi de 3,9%. Este aumento é atribuído à expansão contínua entre os ocupados com carteira assinada, que têm rendimentos mais elevados.

A massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 295,7 bilhões, estabelecendo mais um recorde na série histórica do IBGE. Esse resultado representa um aumento de 2,6% em relação ao trimestre anterior e um crescimento de 4,7% em comparação ao mesmo período do ano passado.