Materiais administrativos e equipamentos eletrônicos pertencentes à Prefeitura de Carmolândia, no norte do estado, foram encontrados queimados em diferentes locais do município, na região norte do Tocantins, durante o período de transição de governo. Segundo a Polícia Militar, documentos públicos foram incinerados no quintal da casa de um ex-servidor, enquanto computadores foram achados destruídos em um área de descarte na zona rural.

O ex-prefeito Neurivan Rodrigues de Sousa afirmou que os computadores queimados eram sucatas de equipamentos inservíveis, que haviam sido arrematados em um leilão promovido pela gestão anterior, mas não foram retirados pelos compradores. Sobre os documentos, Neurivan garantiu que todas as informações da administração municipal possuem cópias físicas e digitais, tornando inviável a destruição de registros como notas fiscais ou processos de pagamento.

Denúncias da nova gestão

A ocorrência foi registrada na delegacia na noite de quinta-feira (2) pela nova administração, que acusa os antigos gestores de tentarem causar prejuízo a nova gestão municipal e eliminar possíveis evidências comprometedores. O procurador da prefeitura relatou que, além de documentos e computadores parcialmente queimados, pessoas foram vistas monitorando o local, supostamente para “finalizar o serviço”.

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Local dos materiais queimados

Os computadores foram encontrados em uma área de descarte de galhadas, utilizada pela prefeitura, a cerca de 6 km do centro da cidade e próximo à TO-164. Segundo a gestão atual, cerca de 10 computadores foram destruídos e, como forma de protesto, os materiais queimados foram expostos em frente à sede da prefeitura nesta sexta-feira (3).

Já os papéis incinerados foram localizados no quintal da casa de um ex-servidor. Em depoimento à polícia, o morador alegou desconhecer o conteúdo dos materiais que queimava, afirmando que uma mulher entregou sacos e caixas de papelão com a solicitação de que fossem incinerados. Após o fogo ser apagado, os policiais constataram que os documentos incluíam registros financeiros, prestações de contas e ofícios da prefeitura.

Investigações

A Secretaria de Segurança Pública do Tocantins informou que o caso foi encaminhado à 25ª Delegacia da Polícia Civil em Santa Fé do Araguaia, responsável pela região, para apuração. A perícia foi acionada e será realizada para determinar se houve crime contra o patrimônio público.

O caso gerou grande repercussão no município, com imagens mostrando os materiais destruídos em um terreno aberto, onde é possível identificar papéis com o nome da prefeitura e peças de computadores espalhadas pelo chão.

As investigações continuam, buscando esclarecer os fatos e responsabilizar eventuais culpados.