Advogado e ex-funcionário público são presos em ação contra golpes milionários na compra de máquinas agrícolas

Polícia diz que eles compravam maquinário e pagavam com cheques sustados ou sem fundos. Só em duas ocasiões o grupo teria causado prejuízo de R$ 1,2 milhão às vítimas.

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Durante uma operação da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DRFRVA), um advogado e um ex-funcionário público foram presos por aplicarem golpes envolvendo máquinas agrícolas. Um terceiro suspeito já estava detido desde o final de junho.

O advogado, identificado como Carlos Alexandre Batista Ferraz, foi preso em Araguaína, enquanto o ex-servidor administrativo penal, chamado Thuhaarlenn Bonney Brasil Nunes Araújo, foi detido em Palmas. Além das prisões, três mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos imóveis dos investigados.

Segundo a polícia, o grupo realizava estelionatos relacionados à compra e venda de tratores e máquinas agrícolas, utilizando cheques sem fundos, sustados e documentos falsos. O advogado era apontado como o mentor intelectual, enquanto os outros dois suspeitos eram coautores e executores dos golpes.

As investigações revelaram que o grupo encontrava tratores e máquinas agrícolas em anúncios ou sites de revendas, efetuava a compra com cheques e posteriormente sustava os pagamentos. Em seguida, revendiam os equipamentos a preços reduzidos. O dinheiro obtido era dividido entre os envolvidos.

Foto: Divulgação

Além disso, constatou-se que o advogado também tinha o papel de proteger o suspeito apontado como principal executor dos golpes, evitando possíveis processos judiciais e ameaças das vítimas.

Os crimes mais recentes ocorreram entre fevereiro e maio de 2023, envolvendo a compra de um trator no valor de R$ 780 mil com documentos falsos e aquisições de tratores e máquinas agrícolas em outras cidades, utilizando cheques sustados. O prejuízo total às vítimas foi estimado em R$ 480 mil.

Durante as buscas, na residência do advogado em Palmas, foram encontradas munições de calibre 9mm, máquina de cartão, computadores, HDs e cheques. A operação foi conduzida pela DRFRVA, Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE) e outras delegacias.

Os suspeitos foram indiciados por estelionato eletrônico, estelionato qualificado na forma continuada, organização criminosa e lavagem de dinheiro.