Viaturas retornam para Palmas após o fim das buscas por criminosos na Operação Canguçu; Vídeo

Policiais civis e militares vão ser recepcionados nesta quinta-feira (18) no Quartel do Comando Geral (QCG).

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Depois de 39 dias de buscas por grupo criminoso que invadiu a cidade de Confresa (MT) e fugiu para o Tocantins, os policiais que integraram a Operação Canguçu deixaram a região do cerco e estão retornando para Palmas. Um vídeo mostra o momento em que o comboio passa por rodovia com direção a capital na tarde desta quinta-feira (18).

Assista o vídeo:

As imagens foram divulgadas pela Polícia Militar (PM), através do perfil da corporação no Instagram. É possível ver as viaturas são de várias divisões da PM, como Batalhão de Polícia Militar Rodoviário e Divisas (BPMRED), Operações Táticas e Batalhão de Choque.

A ação percorreu a zona rural de várias cidades no Tocantins e contou com mais de 300 policiais civis e militares do Tocantins, Mato Grosso, Pará, Goiás, e Minas Gerais. Nesta quinta-feira, a PM realiza a recepção dos policiais e uma coletiva de imprensa que vai falar do encerramento da 1ª fase da operação. A solenidade será no Quartel do Comando Geral (QCG).

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Durante a operação, que segue com bloqueios, 18 criminosos morreram em confrontos. Cinco suspeitos foram presos pelas forças policiais, sendo dois deles na área do cerco na zona rural do Tocantins. Outros três que teriam ajudado na logística do crime foram capturados em Redenção (PA) e em Araguaína (TO) pela Polícia Civil de Mato Grosso.

Segundo o comando da PM, a operação está entrando em uma 2ª fase, onde serão mantidos bloqueios e barreiras. O serviço de inteligência vai atuar para identificar criminosos que possivelmente deram apoio ao restante da quadrilha.

Policiais trocam tiros com grupo de bandidos que atacou Confresa (MT) — Foto: Divulgação/Polícia Militar

Entenda

A operação na zona rural do Tocantins começou no dia 10 de abril, um dia após os criminosos tentarem assaltar uma transportadora de valores e fugirem para a zona rural do Tocantins. Eles foram surpreendidos pela fumaça e saíram sem levar nada.

Policiais Militares do Tocantins recebem instruções durante a Operação Canguçu — Foto: Divulgação/PM

A busca pelos assaltantes foi feita por uma força-tarefa de mais de 300 policiais de cinco estados. Os criminosos ficaram cercados e sem saída. Eles chegaram a ficar dias escondidos na copa das árvores e têm se alimentando de espigas de milho e sal de ureia, usado na alimentação de gado.

Essa é considerada pela polícia uma das maiores operações para capturar criminosos do país. As equipes que fazem parte da Operação Canguçu percorreram uma área de 4,6 mil km, em quatro cidades.

A tecnologia ajudou no trabalho da força-tarefa montada para perseguir o bando. Os policiais utilizaram binóculos com visão noturna e drones com câmeras termais para localizar os criminosos.

Os criminosos fugiram do Mato Grosso e entraram no estado usando embarcações e navegando pelos rios Araguaia e Javaés. Eles até tentaram afundar barcos para despistar as equipes policiais.

Mesmo durante a fuga os criminosos deixaram um rastro de terror, invadindo propriedades e fazendo pessoas reféns. Áudios divulgados nas redes sociais mostram o medo dos moradores em Marianópolis do Tocantins.

Os suspeitos tentaram usar sacos amarrados aos pés, para tentar não deixar pegadas por ponde passam. Estratégia que foi descoberta com a morte de um dos suspeitos.

Um verdadeiro arsenal de guerra foi apreendido durante a operação. Entre as apreensões estão armamento de grosso calibre, inclusive fuzis furtados da PM de São Paulo, milhares de munições, coletes à prova de bala e outros materiais.

Por g1