A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Porto Nacional, que é administrada pela prefeitura, subiu em 300% a demanda de atendimento de pacientes na cidade. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, a unidade está superlotada, chegando a atender 10 mil pessoas a mais, o que faz também aumentar as despesas do município.
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Segundo a secretária da Saúde do município, Anna Crystina Brito Bezerra , a situação de superlotação já existia a cerca de três meses. O fato agravou após a demissão em massa dos médicos – que possuíam contrato com o estado – do Pronto Socorro do Hospital Regional de Porto Nacional.
Apenas uma profissional do hospital é concursada e devido a situação a direção técnica de decidiu fechar o Pronto Socorro por tempo indeterminado. A unidade de Porto Nacional é referência para outros 15 municípios.
“Estamos muito preocupados com essa situação porque, a nossa UPA tem limitações técnicas para atender os casos de média e alta complexidade que nos chegam, já que nossas instalações são equipadas para os procedimentos básicos de atendimento de urgência e emergência”, reclama.
Ainda segundo a secretária, a UPA não tem como como atender aos pacientes de outros municípios. “Estamos pedindo socorro e nos esforçando ao máximo para não deixar as pessoas morrerem por falta de atendimento”, relata a secretária.
Entenda
O diretor técnico do Hospital Regional de Porto Nacional, Astério Souza Magalhães Filho, decidiu fechar o pronto socorro da unidade após a demissão em massa de médicos clínicos que possuíam contrato com o estado. A medida estava prevista para começar na sesta sexta-feira (1º).
A Secretaria de Estado da Saúde por sua vez, informou por meio de nota que já providenciou a reposição dos médicos, bem como a escala dos profissionais para atender a população em Porto Nacional e região.
Segundo o comunicado da direção do hospital, a unidade é referência para 15 municípios e possui apenas um médico concursado no setor. A unidade atualmente possui 60 pacientes internados nas alas de geriatria, clínica médica, cirurgia geral, ortopedia e unidades de cuidados de medicamento.
A direção informou que os pacientes internados continuaram sob os cuidados da equipe médica de rotina. Os que se encontram em estado clínico de maior gravidade serão transferidos para o Hospital Geral de Palmas (HGP).
Ainda segundo a direção, os municípios que possuem como referência o Hospital Regional de Porto Nacional serão avisados da medida e orientados a procurar outra unidade de referência.
A decisão foi motivada após todos os médicos clínicos – que possui contrato – lotados no pronto socorro do Hospital Regional de Porto Nacional pediram exoneração. O comunicado enviado à Secretaria Estadual da Saúde foi divulgado na terça-feira (26).
Segundo os profissionais, o ato, em caráter conjunto, se deve pela carga horária inadequada e a falta de condições necessária de trabalho e de medicamentos.
Funcionários da unidade informaram que os médicos cumpririam somente o expediente desta quarta-feira (27).
Na ocasião, a Secretaria de Estado da Saúde informou que “está em contato e buscando o diálogo com os médicos clínicos do Hospital Regional de Porto Nacional de forma a manter os serviços normalizados, evitando que os pacientes da unidade fiquem desassistidos”.
Fotos: Dornil Sobinho