UBM repudia caso da professora vítima de feminicídio em Palmas

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Por meio de nota, a União Brasileira de Mulheres no Tocantins (UBM-TO), manifestou repúdio ao caso de femicicidio de Danielle Christina Lustosa Grahs, professora da rede municipal de Palmas, ocorrido no dia 18 de dezembro. O principal suspeito do crime é o ex-marido da vítima, que havia sido preso por agredir a professora e solto logo em seguida após a audiência de custódia, sem pagar fiança.Para a entidade, “crimes como o de Danielle acontecem diariamente no Brasil e no Tocantins”. Na nota, a UBN cita o dados do Datafolha, em que no país cerca de 7 mulheres são mortas diariamente, vítimas de violência doméstica, a taxa de feminícidio no Brasil é a quinta maior do mundo. “Cerca de 1 em cada 3 mulheres sofre algum tipo de violência, mas apenas 6% denunciam os agressores. 38% dos feminicídios em todo o mundo são cometidos pelos companheiros ou ex-companheiros das vítimas”, completa.A UBM tambem repudia a posição do Poder Judiciário, que por meio do juiz de primeira instancia, expediu alvará de soltura para o médico Álvaro Ferreira da Silva, que era ex-companheiro de Danielle, e suspeito único de cometer o feminicídio. Veja a seguir a nota na integraA União Brasileira de Mulheres no Tocantins (UBM/TO) vem a público manifestar o mais profundo sentimento de repúdio ao caso de feminicídio de Danielle Christina Lustosa Grohs, professora da rede pública municipal de ensino, ocorrido na noite desta segunda-feira (18), na quadra 1.004 sul em Palmas. Danielle teve a vida covardemente interrompida pelo ex-companheiro, o médico Álvaro Ferreira da Silva, que já havia sido autuado e preso após agredir a pedagoga no último sábado (16), contudo foi solto em sequência, no domingo (17), após audiência de custodia, na qual o juiz Edimar de Paula expediu decisão de soltura, por considerar que o médico não teria antecedentes criminais e não representava ameaça, fato que definiu a liberdade sem pagamento de fiança e culminou no assassinato da Professora.Crimes como o de Danielle acontecem diariamente no Brasil e no Tocantins. Segundo dados do Datafolha, no país cerca de 7 mulheres são mortas diariamente, vítimas de violência doméstica, a taxa de feminícidio no Brasil é a quinta maior do mundo. Cerca de 1 em cada 3 mulheres sofre algum tipo de violência, mas apenas 6% denunciam os agressores. 38% dos feminicídios em todo o mundo são cometidos pelos companheiros ou ex-companheiros das vítimas. Mais de 500 mulheres são vítimas de agressão física por hora em nosso país. Segundo o Atlas da Violência (2015), de 2005 à 2015 o assassinato de mulheres no Tocantins aumentou 128%, a taxa feminicídio no Estado é 6,4, a cada 100 mulheres, maior do que a taxa nacional que é de 4,5%. São vítimas demais… É verdadeiramente assustador!A UBM-TO lamenta que casos como esse de Danielle, ainda sejam justificados como crime passional. O feminicídio é considerado um crime baseado em uma cultura machista, na qual o homem não aceita a liberdade de escolha da mulher e tem a necessidade de manter o controle, como se a mulher fosse inferior, submissa, objeto ou posse de seu companheiro, mantendo uma relação de opressão, e nesse caso seguida de morte.É inaceitável que a morte de Danielle e de tantas mulheres sejam justificadas por motivos banais como ‘ciúmes ou inconformismo com términos de relações abusivas’!É inaceitável que um Juiz tenha dado uma ordem de soltura e não tenha determinado e garantido a segurança de Danielle, mesmo sabendo do risco de vida que ela corria!É inaceitável a desigualdade com que “Justiça” trata um criminoso em função de sua formação ou classe social!É inaceitável que se proíbam a discussão de igualdade de gênero, enquanto o machismo mata sete mulheres por dia em nosso País!Devemos encarar esses fatos com total indignação e nos unirmos para que mais mulheres não tenham suas vidas ceifadas pelo machismo enraizado na cultura da sociedade.Nos solidarizamos com os familiares e amigos da vítima e reivindicamos que a Justiça seja garantida e que o assassino seja punido!Danielle estará presente em nossas vidas e em nossas lutas, até que todas sejamos livres!Somos todas Danielle! Danielle Christina Lustosa Grohs, Presente! Agora e Sempre!

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