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Cerca de 50 toneladas de materiais fósseis, que estavam em Brasília, foram devolvidos ao Tocantins. As peças foram retiradas de maneira ilegal do Monumento Natural de Árvores Fossilizadas (Monaf) em Bielândia, distrito de Filadélfia, no norte do Tocantins, ainda na década de 1990. As plantas fossilizadas são do período Permiano, cerca de 290 milhões de anos atrás e estavam armazenadas no pátio da Associação Brasileira de Inteligência (ABIN).
Segundo a Constituição Federal, os fósseis não podem ser comercializados em razão da relevância cultural e científica. O Monaf acredita que as peças seriam contrabandeadas. Em nota, o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), que administra o Monaf, disse que todo o material será alocado na sede do Monumento ao longo deste mês para a formação de um museu de história natural.
O gerente das Unidades de Conservação do Naturatins, Rodrigo Sávio, explica que o material será importante para que as instituições de pesquisa do estado possam estudar a evolução da região.
“Instituições de ensino e de pesquisa, como a Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), que recebeu as doações, agora têm a possibilidade de ampliar suas pesquisas que vão permitir trazer apontamentos fundamentais para entendermos aspectos evolutivos e temporais de nossa região”, aponta.
De acordo com o supervisor do Monaf, Hermísio Aires, a reaquisição do material tem um alto valor científico. “Temos a alegria de estar recebendo esse material de grande importância para a Unidade de Conservação, para comunidade científica, e, também, para todos os visitantes que aqui poderão observar esse material na sede da Unidade”, comenta.