Renato Cariani, influencer do mundo fitness, é alvo de operação da PF contra tráfico de drogas

Fisiculturista é sócio de uma empresa suspeita de desviar produtos químicos para produção de crack. PF cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da empresa e na casa do influenciador.

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Nesta terça-feira (12), a Polícia Federal deflagrou a Operação Hinsberg, visando combater o tráfico de drogas e o desvio de um produto químico utilizado na produção de crack. O principal foco da ação é a empresa Anidrol, uma indústria química localizada em Diadema, na Grande São Paulo, cujo sócio é o influenciador fitness Renato Cariani, detentor de mais de 7 milhões de seguidores no Instagram.

O influenciador também é alvo de buscas, O Ministério Público e a Polícia Federal também solicitou a prisão do fisiculturista, juntamente com outras duas pessoas, mais foi negada pela Justiça.

Renato Cariani, por meio de suas redes sociais, expressou surpresa com a operação, assegurando que sua empresa está totalmente “regulada”.

A investigação revela que Oscar Hinsberg, outro alvo da operação, foi um químico que percebeu a possibilidade de converter compostos químicos em fenacetina, sendo este o produto químico desviado, conforme apontado pela apuração.

O influenciador negou qualquer envolvimento no esquema, afirmando ter sido surpreendido pela ação da PF. Ele salientou que seus advogados ainda não tiveram acesso ao processo, declarando-se “arrependido” e chorando copiosamente durante a detenção.

Até o momento desta atualização, Renato Cariani permanecia detido na Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo.

Foto: Divulgação/PF

A operação

A operação, que cumpre 18 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais e Paraná, aponta Fabio Spínola Mota como outro suspeito. Ele já foi detido anteriormente por envolvimento em crimes similares no Paraná, tendo sido encontrado em sua residência mais de R$ 100 mil em espécie.

Foto: Divulgação/PF

Segundo a PF, Fabio Mota seria o intermediador entre a indústria química e os produtores de drogas. O grupo é suspeito de desviar toneladas de um produto químico para produzir entre 12 e 16 toneladas de crack.

A operação é realizada em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO do MPSP) de São Paulo e a Receita Federal. A investigação teve início em 2022, após uma empresa farmacêutica multinacional relatar à PF que fora notificada pela Receita Federal sobre notas fiscais em seu nome, com pagamento em dinheiro não declarado, sem a sua autorização.

O grupo emitiu notas fiscais fraudulentas em nome de grandes empresas entre 2014 e 2021. O pedido de prisão foi feito pela PF e apoiado pelo Ministério Público, mas a Justiça indeferiu.