Relatório da PF sobre Bolsonaro e tentativa de golpe deve indiciar cerca de 40 pessoas

Inquérito inclui fake news sobre urnas e planos para matar Lula, Alckmin e Moraes.

Compartilhe:

A Polícia Federal deve finalizar na manhã desta quinta-feira (21), o relatório do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Segundo informações de investigadores, a lista de indiciados conta com cerca de 40 nomes, incluindo políticos influentes, militares e ex-assessores presidenciais, e ainda pode ser ampliada.

>> Siga o canal do "Sou Mais Notícias" no WhatsApp e receba as notícias no celular.

O relatório também abrange os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e aqueles ligados aos planos, descobertos pela PF, de militares para atentar contra a vida do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin, e do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

Os indiciamentos devem incluir acusações de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

Relatório deve responsabilizar Bolsonaro e assessores de maneira contundente

O relatório da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado deve responsabilizar de forma contundente o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus assessores, com indiciamentos que incluem militares envolvidos no planejamento e na tentativa de execução de um golpe para impedir a posse do presidente Lula.

Bolsonaro é alvo de operação da Polícia Federal sobre tentativa de golpe em 2022
Foto: Divulgação

O documento será encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), que o enviará ao procurador-geral da República, Paulo Gonet. Caberá ao PGR decidir se apresentará denúncia ao STF ou se solicitará novas investigações.

De acordo com fontes ligadas à investigação, o relatório está bem fundamentado e trará informações inéditas, apontando de maneira clara a responsabilidade de Bolsonaro e outros envolvidos. Apesar disso, o documento não deverá incluir pedidos de prisão imediata, mas poderá ser complementado após novas apurações, especialmente após a operação Contragolpe, realizada nesta semana.

Publicamente, aliados de Bolsonaro afirmam que ele não tem motivos para preocupação, mesmo diante das revelações de planos de militares para assassinar de Lula, Alckmin e Moraes. Nos bastidores, porém, o clima entre os aliados do ex-presidente é de tensão e apreensão, devido à iminência de um indiciamento formal.

*Com informações do G1